Mudanças entre as edições de "Reabilitação Neurológica"
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A reabilitação neurológica é embasada no conceito de neuroplasticidade, bastante estudada nos últimas decádas. Diz respeito a capacidade do sistema nervoso se reorganizarem funcionalmente após uma injúria ou diante de uma lesão, e pode ser estimulada por diferentes técnicas. | A reabilitação neurológica é embasada no conceito de neuroplasticidade, bastante estudada nos últimas decádas. Diz respeito a capacidade do sistema nervoso se reorganizarem funcionalmente após uma injúria ou diante de uma lesão, e pode ser estimulada por diferentes técnicas. | ||
A neuroplasticidade neuronal é tão instigante que, muitas vezes, um estímulo específico para auxiliar numa desabilidade pode melhorar outra debilidade - por exemplo, estimulos motoroes podendo auxiliar no desempenho linguístico em síndromes afásicas, e atividades físicas prevenindo e mesmo melhorando quadros demenciais. | A neuroplasticidade neuronal é tão instigante que, muitas vezes, um estímulo específico para auxiliar numa desabilidade pode melhorar outra debilidade - por exemplo, estimulos motoroes podendo auxiliar no desempenho linguístico em síndromes afásicas, e atividades físicas prevenindo e mesmo melhorando quadros demenciais. | ||
+ | Mas a reabilitação neurológica não se restringe ao que é aplicado dentro dos serviços. Os profissionais devem auxiliar o paciente e familiares quanto à exposição frequente a estímulos que auxiliam na neuroplasticidade. Os domicílios, locais de trabalho e outros ambientes de uso frequente devem ser adaptados para a melhor utilização dos pacientes, visando ao mesmo tempo independência e estímulo neuronal. Modificações podem envolver ampliação de portas e passagens, instalação de barras de apoio em banheiros e outros ambientes, etc. - a ambientação do paciente é um determinante importante para recuperação dos déficits. | ||
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Entre os inúmeros métodos de reabilitação física, especialmente, por lesões neurológicas, alguns que foram difundidos por seus idealizadores se tornaram mais conhecidos, tais como "Bobath", "Doman-Delacato", "Rood", "Petö", "Temple-Fay", "Voyta", "Phelps", "Knott", etc, cada técnica com alguma variação dentro das suas concepções neurofisiológicas. Existe até mesmo a "Wii Reabilitação" é a denominação que tem sido empregada à utilização do "videogame Nintendo® Wii. | Entre os inúmeros métodos de reabilitação física, especialmente, por lesões neurológicas, alguns que foram difundidos por seus idealizadores se tornaram mais conhecidos, tais como "Bobath", "Doman-Delacato", "Rood", "Petö", "Temple-Fay", "Voyta", "Phelps", "Knott", etc, cada técnica com alguma variação dentro das suas concepções neurofisiológicas. Existe até mesmo a "Wii Reabilitação" é a denominação que tem sido empregada à utilização do "videogame Nintendo® Wii. | ||
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cordões elásticos de borracha, uma armação retangular, como uma gaiola metálica, quadriculada e quadrangular (spider). As crianças têm a vestimenta ajustada e adaptada com velcros. Os cordões elásticos, aproximadamente 4 de cada lado, sustentam o corpo do paciente, em posição ereta, de bipedestação. Cada fio é mantido preso na parte externa, na gaiola e, o outro, interno na vestimenta da porção corporal, o que permite ao paciente permanecer em bipedestação, manter-se e desenvolver a noção do corpo em pé e coordenação, como de formular a locomoção, assim como, o tratamento fisioterápico de outros movimentos globais ou parciais. A armação permite à criança e, ao fisioterapeuta, atuarem na sua porção central da armação, com sua vestimenta e elásticos interligados, como uma “órtese alongável”, uma “órtese mole”. | cordões elásticos de borracha, uma armação retangular, como uma gaiola metálica, quadriculada e quadrangular (spider). As crianças têm a vestimenta ajustada e adaptada com velcros. Os cordões elásticos, aproximadamente 4 de cada lado, sustentam o corpo do paciente, em posição ereta, de bipedestação. Cada fio é mantido preso na parte externa, na gaiola e, o outro, interno na vestimenta da porção corporal, o que permite ao paciente permanecer em bipedestação, manter-se e desenvolver a noção do corpo em pé e coordenação, como de formular a locomoção, assim como, o tratamento fisioterápico de outros movimentos globais ou parciais. A armação permite à criança e, ao fisioterapeuta, atuarem na sua porção central da armação, com sua vestimenta e elásticos interligados, como uma “órtese alongável”, uma “órtese mole”. | ||
Cada método, pelas váriações técnicas, pelas diferentes lesões causais, não permitem que seus resultados sejam comparáveis entre si, em virtude das diferentes etiologias, topografias e quadros clínicos em diferentes sequelas. | Cada método, pelas váriações técnicas, pelas diferentes lesões causais, não permitem que seus resultados sejam comparáveis entre si, em virtude das diferentes etiologias, topografias e quadros clínicos em diferentes sequelas. | ||
− | A real frequência das sessões terapêuticas, tem grande influência e importância no resultado, pelo | + | A real frequência das sessões terapêuticas, tem grande influência e importância no resultado, pelo que a aplicação diária ou semanal, proporcionam maior chance de um resultado mais satisfatório, o qual pode ser sempre variável em cada paciente e em cada caso. As dificuldades ou limitações das terapêuticas fisioterápicas ou outras, podem determinar reduções ou limitações dos benefícios. A fisioterapia atua desenvolvendo e melhorando a força, amplitude, alongamento musculoarticular, ação vestibular, equilíbrio, tônus, sensibilidade superficial e profunda (artrestesica ou proprioceptiva), funções dos órgãos dos sentidos, funções cognitivas etc. Através dos exercícios repetitivos, específicos, procura-se desenvolver novos caminhos para as vias anatomo-funcionais do sistema nervoso e de acordo com o objetivo, procurar desenvolver suplências funcionais dos neurônios, tentando também substituir as vias parcialmente comprometidas, melhorar as alterações decorrentes do desuso, da falta de estímulos, pouca ou reduzida atividade na vida diária. |
− | que a aplicação diária ou semanal, proporcionam maior chance de um resultado mais satisfatório, o | + | Sabemos, que as estruturas celulares nervosas são muito complexas, sensíveis neurologicamente, com funções topográficas específicas e importantes, funcionalmente. As células nervosas são de rara e difícil reprodução, multiplicação ou regeneração, do que decorre ser fundamental evitar-se a lesão. A atuação terapêutica medicamentosa e, especialmente, a fisioterapia precoce, são muito relevantes no processo de reabilitação. |
− | qual pode ser sempre variável em cada paciente e em cada caso. As dificuldades ou limitações das | + | Fisioterapeutas aplicam este método e outros por recomendação médica, nas sequelas dos AVC, Paralisia Cerebral, Paraplegias, Hemiplegias, Artropatias, Miopatias, Hipoxia, Traumas, Deficiências mentais etc., ampliando novas indicações. Cada um dos vários métodos apresenta variações do material técnico, acessórios, tendo um custo econômico maior ou menor (como bola, roupagem, sapato, tatame, armações, canulas, orteses, próteses com vários objetivos facilitadores ou apoiadores as disfunções. |
− | terapêuticas fisioterápicas ou outras, podem determinar reduções ou limitações dos benefícios. | + | Mesmo sendo um método útil nas disfunções, o “PediaSuit”, tem boa indicação nas lesões e disfunções neurológicas, mas não devemos relegar a importância que continuam tendo os outros métodos já citados e disponíveis no nosso meio. |
− | A fisioterapia atua desenvolvendo e melhorando a força, amplitude, alongamento musculoarticular, | + | Os métodos, no geral, utilizam partes, se mesclam, combinam, misturam com associações entre si, de acordo com o interesse específico da disfunção. Os princípios de atuação das técnicas reabilitadoras, da fisioterapia e neurofisiologia, se associam, mesmo tendo variações. A função do corpo humano é sempre igual, variando nas disfunções e lesões. |
− | ação vestibular, equilíbrio, tônus, sensibilidade superficial e profunda (artrestesica ou | + | Cada método utiliza mecanismos ou meios que complementam a cinesioterapia, principalmente no alongamento das retrações, osteoarticulares, desenvolvimento da forma e coordenação com acessórios de uso ou treino, de botas, elásticos, roldanas, cordas, roupas especiais, armações, etc. |
− | proprioceptiva), funções dos órgãos dos sentidos, funções cognitivas etc. Através dos exercícios | ||
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A equoterapia têm sido há anos, usada como complementação à fisioterapia por longos períodos. | A equoterapia têm sido há anos, usada como complementação à fisioterapia por longos períodos. | ||
− | Quanto mais sessões e variações são programadas e executadas, melhor, em regra os resultados, | + | Quanto mais sessões e variações são programadas e executadas, melhor, em regra os resultados, que devem ter apoio, principalmente, de familiares e técnicos. |
− | que devem ter apoio, principalmente, de familiares e técnicos. | + | Especificamente a Pediasuit, Theratogs ou Therasuit, são meios, como outros, capazes de produzir benefícios aos pacientes limitados neurologicamente, articularmente ou musculusarmente. A associação de elementos (acessórios) em cada método é um procedimento adequado, desejável e comum na prática a bastante tempo. |
− | + | É fundamental que a família seja esclarecida adequadamente sobre os possíveis benefícios e prognóstico da aplicação de qualquer método. Também, que os familiares participem da terapia, além da que seja realizada pelo fisioterapeuta. Ao paciente e família deve ser adequadamente explicado o que lhe será oferecido, a finalidade e o prognóstico, redução do custo, da monotonia da repetição diária. As vezes férias são necessárias. | |
− | Especificamente a Pediasuit, Theratogs ou Therasuit, são meios, como outros, capazes de produzir | + | A atuação reabilitadora deve sempre ser aplicada por uma equipe multidisciplinar.(Neurologista, Ortopedista, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional, Pediatra e Psicólogo), de cordo com as disfunções. |
− | benefícios aos pacientes limitados neurologicamente, articularmente ou musculusarmente. A | + | Conforme o conslheiro do CRM/PR, Dr. Ehrenfried Othmar Wittig, de cujo parecer se embarsou maior parte das informações acima, "nenhum método é curativo, tem um grau de resolução variável, especialmente, com a intensidade e localização da lesão e, basicamente, sempre a longo prazo. Não existem métodos mágicos ou milagrosos". |
− | associação de elementos (acessórios) em cada método é um procedimento adequado, desejável e | ||
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Edição das 13h29min de 22 de julho de 2022
Índice
CONCEITUAÇÃO.
A Reabilitação neurológica diz respeito ao conjunto de técnicas utilizadas para promover recuperação de deficiências secundárias a acometimentos neuronais. Diversas técnicas podem ser utilizadas, dirigidas para as principais desabilidades dos pacientes, viando recuperar aspectos cognitivos, motoras, emocionais, de comunicação, etc. Idealmente deve contar com uma equipe multidisciplinar (médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, enfermeiro, etc.) Para tal, deve se dispor um ambiente que motive o indivíduo a envolver-se nas atividades propostas, com os profissionais capazes de lidar com pacientes e familiares, que, embasadas cientificamente, possam adequar as técnicas às peculiaridade de cada paciente. Assim, busca-se capacitar o paciente para funções essenciais para a melhorar sua qualidade de vida, apesar das fisiológicas ocasionadas por doença, tais como recuperar uma função perdida, mas não significa necessariamente a eliminação de uma sequela. Todas as sequelas recentes ou tardias, decorrentes de lesões ou disfunções do sistema nervoso, especialmente o central, são passiveis de serem submetidas à reabilitação através de métodos e técnicas variáveis, em qualquer idade. E, todas as terapêuticas atuantes nas sequelas, têm limitações. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, enquanto condições neurológicas e psiquiátricas são responsáveis por 1,4% de todas as causas de mortalidade e 1,1% dos anos de vida perdidos, estas condições respondem por 28% de todos os anos vividos com quaisquer tipos de incapacidades. No Brasil, estima-se que entre 10% e 20% da população atual seja portadora de algum grau de incapacidade física ou intelectual. A principal causa de desabilidades são os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) - nos Brasil tem uma incidência anual de 108 para cada 100 mil habitantes, e também é responsável por um número considerável de internações no país, no qual apresenta um alto custo para o governo.
FUNDAMENTAÇÃO E COMENTÁRIOS SOBRE TÉCNICAS ESPECÍFICAS
A reabilitação neurológica é embasada no conceito de neuroplasticidade, bastante estudada nos últimas decádas. Diz respeito a capacidade do sistema nervoso se reorganizarem funcionalmente após uma injúria ou diante de uma lesão, e pode ser estimulada por diferentes técnicas. A neuroplasticidade neuronal é tão instigante que, muitas vezes, um estímulo específico para auxiliar numa desabilidade pode melhorar outra debilidade - por exemplo, estimulos motoroes podendo auxiliar no desempenho linguístico em síndromes afásicas, e atividades físicas prevenindo e mesmo melhorando quadros demenciais. Mas a reabilitação neurológica não se restringe ao que é aplicado dentro dos serviços. Os profissionais devem auxiliar o paciente e familiares quanto à exposição frequente a estímulos que auxiliam na neuroplasticidade. Os domicílios, locais de trabalho e outros ambientes de uso frequente devem ser adaptados para a melhor utilização dos pacientes, visando ao mesmo tempo independência e estímulo neuronal. Modificações podem envolver ampliação de portas e passagens, instalação de barras de apoio em banheiros e outros ambientes, etc. - a ambientação do paciente é um determinante importante para recuperação dos déficits.
Entre os inúmeros métodos de reabilitação física, especialmente, por lesões neurológicas, alguns que foram difundidos por seus idealizadores se tornaram mais conhecidos, tais como "Bobath", "Doman-Delacato", "Rood", "Petö", "Temple-Fay", "Voyta", "Phelps", "Knott", etc, cada técnica com alguma variação dentro das suas concepções neurofisiológicas. Existe até mesmo a "Wii Reabilitação" é a denominação que tem sido empregada à utilização do "videogame Nintendo® Wii.
O método de Reabilitação Neurológica “PediaSuit” é de concepção mais recente, diz-se desenvolvido inicialmente, pelos russos, para apoio e superação dos astronautas, por apresentarem pela permanência prolongada nos seus voos, sem atividades físicas, dificuldades motoras com atrofias, contraturas musculares, esqueléticas ou articulares. Foram criadas algumas vestimentas em aproximadamente 1970, que receberam gradativas modificações até a evolução atual no “PediaSuit”. Os USA participaram das melhorias, modificações e evolução terapêutica desta parte técnica. A parte da especialidade do método “PediaSuit” (também denominado de "THERATOGS" ou "THERASUIT", de uso mais interessante em crianças entre 01 e 08 anos, tem como componente básico uma vestimenta terapêutica padronizada, um “macacão” composto especialmente para crianças, de uma blusa, colete, short, joelheira, calçado, touca protetora e ainda um conjunto de cordões elásticos de borracha, uma armação retangular, como uma gaiola metálica, quadriculada e quadrangular (spider). As crianças têm a vestimenta ajustada e adaptada com velcros. Os cordões elásticos, aproximadamente 4 de cada lado, sustentam o corpo do paciente, em posição ereta, de bipedestação. Cada fio é mantido preso na parte externa, na gaiola e, o outro, interno na vestimenta da porção corporal, o que permite ao paciente permanecer em bipedestação, manter-se e desenvolver a noção do corpo em pé e coordenação, como de formular a locomoção, assim como, o tratamento fisioterápico de outros movimentos globais ou parciais. A armação permite à criança e, ao fisioterapeuta, atuarem na sua porção central da armação, com sua vestimenta e elásticos interligados, como uma “órtese alongável”, uma “órtese mole”. Cada método, pelas váriações técnicas, pelas diferentes lesões causais, não permitem que seus resultados sejam comparáveis entre si, em virtude das diferentes etiologias, topografias e quadros clínicos em diferentes sequelas. A real frequência das sessões terapêuticas, tem grande influência e importância no resultado, pelo que a aplicação diária ou semanal, proporcionam maior chance de um resultado mais satisfatório, o qual pode ser sempre variável em cada paciente e em cada caso. As dificuldades ou limitações das terapêuticas fisioterápicas ou outras, podem determinar reduções ou limitações dos benefícios. A fisioterapia atua desenvolvendo e melhorando a força, amplitude, alongamento musculoarticular, ação vestibular, equilíbrio, tônus, sensibilidade superficial e profunda (artrestesica ou proprioceptiva), funções dos órgãos dos sentidos, funções cognitivas etc. Através dos exercícios repetitivos, específicos, procura-se desenvolver novos caminhos para as vias anatomo-funcionais do sistema nervoso e de acordo com o objetivo, procurar desenvolver suplências funcionais dos neurônios, tentando também substituir as vias parcialmente comprometidas, melhorar as alterações decorrentes do desuso, da falta de estímulos, pouca ou reduzida atividade na vida diária. Sabemos, que as estruturas celulares nervosas são muito complexas, sensíveis neurologicamente, com funções topográficas específicas e importantes, funcionalmente. As células nervosas são de rara e difícil reprodução, multiplicação ou regeneração, do que decorre ser fundamental evitar-se a lesão. A atuação terapêutica medicamentosa e, especialmente, a fisioterapia precoce, são muito relevantes no processo de reabilitação. Fisioterapeutas aplicam este método e outros por recomendação médica, nas sequelas dos AVC, Paralisia Cerebral, Paraplegias, Hemiplegias, Artropatias, Miopatias, Hipoxia, Traumas, Deficiências mentais etc., ampliando novas indicações. Cada um dos vários métodos apresenta variações do material técnico, acessórios, tendo um custo econômico maior ou menor (como bola, roupagem, sapato, tatame, armações, canulas, orteses, próteses com vários objetivos facilitadores ou apoiadores as disfunções. Mesmo sendo um método útil nas disfunções, o “PediaSuit”, tem boa indicação nas lesões e disfunções neurológicas, mas não devemos relegar a importância que continuam tendo os outros métodos já citados e disponíveis no nosso meio. Os métodos, no geral, utilizam partes, se mesclam, combinam, misturam com associações entre si, de acordo com o interesse específico da disfunção. Os princípios de atuação das técnicas reabilitadoras, da fisioterapia e neurofisiologia, se associam, mesmo tendo variações. A função do corpo humano é sempre igual, variando nas disfunções e lesões. Cada método utiliza mecanismos ou meios que complementam a cinesioterapia, principalmente no alongamento das retrações, osteoarticulares, desenvolvimento da forma e coordenação com acessórios de uso ou treino, de botas, elásticos, roldanas, cordas, roupas especiais, armações, etc. A equoterapia têm sido há anos, usada como complementação à fisioterapia por longos períodos. Quanto mais sessões e variações são programadas e executadas, melhor, em regra os resultados, que devem ter apoio, principalmente, de familiares e técnicos. Especificamente a Pediasuit, Theratogs ou Therasuit, são meios, como outros, capazes de produzir benefícios aos pacientes limitados neurologicamente, articularmente ou musculusarmente. A associação de elementos (acessórios) em cada método é um procedimento adequado, desejável e comum na prática a bastante tempo. É fundamental que a família seja esclarecida adequadamente sobre os possíveis benefícios e prognóstico da aplicação de qualquer método. Também, que os familiares participem da terapia, além da que seja realizada pelo fisioterapeuta. Ao paciente e família deve ser adequadamente explicado o que lhe será oferecido, a finalidade e o prognóstico, redução do custo, da monotonia da repetição diária. As vezes férias são necessárias. A atuação reabilitadora deve sempre ser aplicada por uma equipe multidisciplinar.(Neurologista, Ortopedista, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional, Pediatra e Psicólogo), de cordo com as disfunções. Conforme o conslheiro do CRM/PR, Dr. Ehrenfried Othmar Wittig, de cujo parecer se embarsou maior parte das informações acima, "nenhum método é curativo, tem um grau de resolução variável, especialmente, com a intensidade e localização da lesão e, basicamente, sempre a longo prazo. Não existem métodos mágicos ou milagrosos".
ESTRUTURAÇÃO DE SERVIÇOS NO SUS
Florianópolis Centro Especializado em Reabilitação – CER II – Física e Intelectual: Macrorregião da Grande Florianópolis – Centro Catarinense de Reabilitação (CCR) Endereço: R. Rui Barbosa, 780 – Agronômica – Florianópolis - SC CEP: 88025-301
(48) 3221-9202/9200 ccr@saude.sc.gov.br
Referência para atendimento: Macro Região da Grande Florianópolis Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Canelinha, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José, São Pedro de Alcântara e Tijucas.
Criciúma Centro Especializado em Reabilitação – CER II – Física e Intelectual: Regiões de Saúde Carbonífera e Extremo Sul – UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense Endereço: Av. Universitária, 1.105 - Bairro Universitário - Criciúma – SC CEP 88.806-000 Cx. Postal 3167
(48) 3431.2537 cer@unesc.net
Referência para atendimento: Regiões de Saúde Carbonífera e Extremo Sul Balneário Rincão, Cocal do Sul, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Lauro Muller, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Orleans, Siderópolis, Treviso e Urussanga. Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Ermo, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Sombrio, Timbé do Sul e Turvo.
Itajaí Centro Especializado em Reabilitação – CER II – Física e Intelectual: Macrorregião da Foz do Itajaí – UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí Endereço: R. Uruguai, 459, Setor F5 – Centro – Itajaí – SC CEP 88302-203
(47) 3341-7743 / 3341-7655 fisioterapia.ccs@univali.br
Referência para atendimento: Macro Região Foz do Itajaí Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luis Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo.
Lages Centro Especializado em Reabilitação – CER II – Física e Intelectual: Macrorregião da Serra Catarinense – UNIPLAC Endereço: Av. Castelo Branco, 140 – Bairro Universitário – Lages – SC CEP: 88509-900
(49) 3251-1165 projeto_cer@uniplaclages.edu.br
Referência para atendimento: Macro Região da Serra Catarinense Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Correia Pinto, Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, Urubici e Urupema.
Blumenau Centro Especializado em Reabilitação – CER II – Física e Intelectual: Região de Saúde do Médio Vale do Itajaí – FURB Endereço: R. Samuel Morse, 768 – Fortaleza Alta – Blumenau - SC
(47) 3702-6555 cer@furb.br
Referência para atendimento: Região de Saúde do Médio Vale do Itajaí Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A família deve ser envolvida no processo de Reabilitação Neurológica - quanto menor for o nível de independência funcional do paciente, maior será a importância de um círculo familiar que tenha condições de aceitar sua reintegração. A reabilitação envolve justamente o conceito básico de desinstitucionalização do indivíduo - ou seja, torná-lo mais independente de inclusive de serviços de saúde. Enquanto reduz a dependência de terceiros e melhora a qualidade de vida dos pacientes, a Reabilitação Neurológica contribui para a prevenção de complicações, tanto da doença de base como de outras doenças, demonstrando que o investimento neste serviço é interessante tanto sob o ponto de vista do desenvolvimento de uma civilização quanto sob o ponto de vista financeiro. Para tanto, existem dispositivos disponíveis no SUS, e estruturados no Estado de Santa Catarina.
REFERÊNCIAS
Botelho, TS; Machado Neto, CD; Araújo FLC; Assis SC. Epidemiologia do acidente vascular cerebral no Brasil. Temas em Saúde Vol 16, n. 2. João Pessoa, 2016. ISSN 2447-2131
Rodrigues, Fabiana Passos. "O impacto da bola suiça na reabilitação neurológica: revisão sistemática da bibliografia." Revista Científica UMC 4.3 (2019).
Carr, JH e Shepherd, RB. Mudando a face da reabilitação neurológica. Brazilian Journal of Physical Therapy [online]. 2006, v. 10, n. 2 [Acessado 22 Julho 2022] , pp. 147-156. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-35552006000200003>. Epub 21 Ago 2006. ISSN 1809-9246. https://doi.org/10.1590/S1413-35552006000200003.
Soares, Monalise Dantas, et al. "Wii reabilitação e fisioterapia neurológica: uma revisão sistemática." Revista neurociências 23.1 (2015): 81-88.
Rodrigues, Cátia Marisa Pereira. "Reabilitação neurológica: enquadramento histórico, abordagens metodológicas e técnicas de reabilitação neuropsicológica." (2013).
Wittig, Ehrenfried Othmar. REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA/PEDIASUIT/THERATOGS. Parecer CRM-PR n.º 02/2013 Sessão Plenária n.º 3266, de 20/05/2013 – CÂM II. Curitiba, 2013.