Trastuzumabe

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É importante destacar que devido à complexidade do financiamento e dos tratamentos oncológicos, estes serão apresentados de forma diferenciada dos demais medicamentos da plataforma Ceos.

Índice

Grupo Principal

Agentes antineoplásicos e imunomoduladores [1]

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - L01XC03 [2]

Nome comercial

Herceptin ®

Como este medicamento funciona?

O medicamento trastuzumabe é um anticorpo desenvolvido por engenharia genética, com mecanismo de ação complexo, dirigido seletivamente contra a proteína HER2, que está presente em pessoas com determinados tumores de mama [3].

Quais indicações da bula brasileira?

Conforme bula aprovada pela ANVISA, o medicamento trastuzumabe está indicado para:

- Tratamento do câncer de mama inicial HER2-positivo: após cirurgia, quimioterapia (neoadjuvante ou adjuvante) e radioterapia (quando aplicável); após quimioterapia adjuvante com doxorrubicina e ciclofosfamida, em combinação com paclitaxel ou docetaxel; ou em combinação com quimioterapia adjuvante de docetaxel e carboplatina; em combinação com quimioterapia neoadjuvante seguida por terapia adjuvante para câncer de mama localmente avançado (inclusive inflamatório) ou tumores > 2 cm de diâmetro.

- Tratamento do câncer de mama HER2-positivo metastático: em monoterapia para o tratamento de pacientes que já tenham recebido um ou mais tratamentos quimioterápicos para suas doenças metastáticas; ou em combinação com paclitaxel ou docetaxel para o tratamento de pacientes que ainda não tenham recebido quimioterapia para suas doenças metastáticas [4].

O SUS disponibiliza este medicamento na oncologia?

Sim, O SUS disponibiliza o medicamento para o tratamento do câncer de mama inicial e localmente avançado.

O medicamento trastuzumabe é uma opção terapêutica disponível para o tratamento do câncer de mama inicial e localmente avançado descrito na Portaria nº 1.008, de 30 de setembro de 2015, que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Carcinoma de Mama.

A incorporação do trastuzumabe para o câncer de mama inicial foi aprovada pela Portaria nº 19, de 25 de julho de 2012, condicionado a: redução do preço; exigência de exame molecular (FISH ou CISH) para confirmação do status HER2 em tumores com expressão imunohistoquímica com resultado de 2 a 3 cruzes; disponibilização, por parte do fabricante, de apresentações de 150 mg e 100 mg do medicamento; monitoramento dos resultados clínicos da utilização do medicamento que será utilizado apenas em centros de referência a serem designados pelo Ministério da Saúde; e elaboração de diretrizes diagnósticas e terapêuticas pelo Ministério da Saúde.

Recentemente a Portaria nº 29, de 03 de agosto de 2017 apresentou decisão favorável à incorporação do trastuzumabe para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo metastático em primeira linha de tratamento associado à quimioterapia já oferecida pelo SUS, com alto risco de recidiva, em terapia adjuvante (câncer inicial ou câncer locorregionalmente avançado) ou prévia (câncer locorregionalmente avançado), conforme os seguintes critérios: ausência de doença cardíaca sintomática; fração de ejeção cardíaca igual ou superior a 55% demonstrada no mês anterior ao início da quimioterapia com trastuzumabe; e comorbidades compatíveis com expectativa de vida para além de 5 anos.

Entretanto, a disponibilização do medicamento dependerá do protocolo de cada instituição que realiza o tratamento oncológico.

Referências

  1. Grupo ATC Acesso em: 07/08/2017
  2. Código ATC Acesso em: 07/08/2017
  3. Bula do paciente do medicamento Herceptin Acesso em: 07/08/2017
  4. Bula do medicamento do profissional Acesso em: 07/08/2017
  • As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.