Editando Solifenacina, succinato

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== Registro na Anvisa ==
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==Classe terapêutica==
  
'''SIM'''
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Anticolinérgico
  
'''Categoria:''' medicamento
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==Nomes comerciais==
  
'''Classe terapêutica:''' outros produtos com ação no trato urinário<ref>[https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/25351182566200950/?substancia=24178&situacaoRegistro=V Classe Terapêutica do medicamento Vesicare ® - Registro ANVISA] Acesso em 16/04/2024.</ref>
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Vesicare
  
== Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) ==
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==Principais informações==
  
Urológicos <ref>[https://www.whocc.no/atc_ddd_index/?code=G04&showdescription=no Grupo ATC] Acesso em 16/04/2024.</ref> - G04BD08 <ref>[https://www.whocc.no/atc_ddd_index/?code=G04BD08 Código ATC] Acesso em 16/04/2024.</ref>
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[[Solifenacina, succinato|Solifenacina]] é um medicamento de prescrição usado em adultos (o medicamento não foi estudado em crianças) para tratar os seguintes sintomas devido a uma condição chamada bexiga hiperativa:
  
==Nomes comerciais==
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•  ter que ir ao banheiro com muita frequência, também chamada “frequência urinária”;
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•  ter  uma  forte  necessidade  de  ir  ao  banheiro imediatamente, também chamada “urgência”;
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•  vazamento ou acidentes úmidos, também chamados “incontinência urinária” <ref> [http://www.astellasfarma.com.br/docs/br/Bula_de_Vesicare_Paciente.pdf Bula do Medicamento] </ref>.
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A bexiga hiperativa define-se como um quadro clínico caracterizado por imperiosidade miccional, isto é, uma vontade forte, desconfortável e súbita de urinar. A bexiga é inervada por nervos colinérgicos parassimpáticos e a [[Solifenacina, succinato|Solifenacina]]  é um antagonista específico e competitivo dos receptores colinérgicos, ou seja, a inativação desses receptores inibe a contração do músculo liso detrusor da bexiga, aliviando o desconforto por retardar o desejo de urinar  <ref> http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=38080&tipo_doc=rcm </ref>.
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Dentre as '''medidas farmacológicas''' existentes, os fármacos anticolinérgicos orais ([[oxibutinina]], [[tolterodina]], [[Solifenacina, succinato|solifenacina]] ) são atualmente a terapêutica de primeira linha no tratamento, existindo uma segunda linha terapêutica constituída por fármacos não licenciados, como a [[toxina botulínica tipo A]], que se utiliza nos casos refratários à terapêutica de primeira linha ou naqueles doentes que não conseguem tolerar os efeitos secundários dos anticolinérgicos orais <ref> http://www.apurologia.pt/acta/3-2007/trat-bex-hip.pdf </ref>.
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Os membros da CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) recomendaram a não incorporação da [[Toxina Botulínica tipo A]] no SUS para o tratamento da Bexiga Hiperativa, entretanto a  CONITEC  recomenda  que  o  Ministério  da  Saúde  realize estudo  acerca  do  tratamento  para  a  Bexiga  Hiperativa  contemplando  as  todas as diversas tecnologias disponíveis para o tratamento da doença (o que inclui os anticolinérgicos, como a [[Solifenacina, succinato|Solifenacina]]), conforme [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Relatorio_ToxinaBotulinica_Bexigahiperativa_CP.pdf Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 15 - Toxina Botulínica do tipo A para o tratamento da bexiga hiperativa].
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'''Tratamento não farmacológico''':
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O tratamento clínico não farmacológico da bexiga hiperativa inclui as medidas gerais, tratamento comportamental, fisioterapêutico e o cateterismo intermitente.
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Dentre as medidas gerais, é importante orientar que, bebidas gaseificadas, obesidade, tabagismo e diminuição da atividade física, são fatores de risco e devem ser evitados. Deve se ainda estar atento aos medicamentos utilizados pelos pacientes, uma vez que diversos fármacos têm efeitos colaterais sobre o trato urinário, como por exemplo, os diuréticos e os alfa bloqueadores.
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Em crianças com enurese noturna, as opções terapêuticas que obtêm sucesso são: terapia comportamental e alarme noturno.
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- Terapia comportamental: Objetiva modificar padrões de comportamentos não apropriados, que contribuem para a persistência da enurese. Deve ser considerado o tratamento de primeira linha. As técnicas comumente empregadas são:
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Reforço Positivo: Baseia-se no auto monitoramento das eventuais perdas, com premiação das noites secas (sem enurese).
  
Impere ®, Involu ®, Samile ®, Solly ®, Urgisin ®, Vesicare ®, Vesomni ®, Vexica ®
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Treinamento do Controle de Retenção: Objetiva auxiliar o músculo detrusor na adaptação a volumes e pressões mais elevadas, e conscientizar a criança das sensações da bexiga cheia. O sucesso do método pode chegar a 87%, quando associado com o uso do alarme noturno.
  
== Indicações ==
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Micção Noturna Programada: O objetivo é estimular o ato de acordar com o estímulo da bexiga cheia.
  
O medicamento '''solifenacina''' é para o alívio dos sintomas de frequência urinária, incontinência urinária ou urgência associados com uma bexiga hiperativa <ref>[https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?numeroRegistro=177170002 Bula do medicamento Vesicare ® – Bula do profissional] Acesso em 16/04/2024.</ref>.
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Treinamento Motivacional: A criança é motivada a assumir responsabilidade não apenas pelo problema em si, mas também pelo tratamento.  
  
== Informações sobre o medicamento==
 
  
'''O medicamento [[Solifenacina, succinato]] não pertence''' ao elenco da [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/20220128_rename_2022.pdf Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME)], que contempla os medicamentos e insumos disponíveis no SUS. Também não se encontra na [http://ceos.saude.sc.gov.br/index.php/Elenco_de_Medicamentos_-_CEAF lista de medicamentos especiais de Alto Custo do Ministério da Saúde], não existindo nenhum protocolo específico para sua liberação pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
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- Alarme Noturno: São dispositivos afixados ao pijama da criança, que emitem alarme sonoro quando ocorre a micção. Baseiam-se no princípio de alertar e sensibilizar a criança a responder prontamente à sensação de bexiga cheia durante o sono, transformando o reflexo miccional em reflexo de inibição da micção, bem como estimulando o paciente a acordar para urinar no banheiro. Exige um treinamento inicial com auxílio dos pais, e quando posto em prática, a criança deve ser encorajada a levantar-se, tentar completar sua micção no banheiro, bem como trocar suas roupas e lençóis antes de deitar-se novamente. Obviamente, o alarme tem um impacto na vida dos outros membros da família, que podem ser acordados antes do paciente, e com isto acarretar mais tensão familiar. Portanto, exige paciência e dedicação paterna e empenho do paciente. O relato de sucesso com uso do alarme é de 65% a 75%, com a duração de tratamento de 5 a 12 semanas, mas o índice de recidiva após seis meses situa-se em 15% a 66%. Em metanálise, a cura permanente ocorre em 43% dos casos. A falha inicial não impede o sucesso com a repetição do tratamento, e a associação com terapia comportamental parece assegurar resultados mais consistentes.
  
==Avaliação desfavorável da CONITEC==
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O tratamento clínico não farmacológico, tratamento comportamental, certamente demanda mais trabalho (treinamento) e cuidado de toda a família, sendo o tratamento farmacológico mais fácil. No entanto, todo medicamento tem efeitos colaterais, o que não ocorre com os tratamentos comportamentais, não sujeitando a criança aos efeitos adversos negativo do medicamento.
  
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) publicou o [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2020/relatorio_antimuscarinicos_bexiga_neurogenica_508_2020_final.pdf Relatório de Recomendação nº 508], aprovado pelo Ministério da Saúde por meio da [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2020/portaria_sctie_09_2020.pdf Portaria nº 09, de 10 de março de 2020] com a decisão final de''' não incorporar os antimuscarínicos (oxibutinina, tolterodina, solifenacina e darifenacina) para o tratamento da disfunção de armazenamento em pacientes com bexiga neurogênica, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.''' Considerou-se que há pouca evidência científica sobre a eficácia e segurança desses medicamentos e qual seria o ideal para o tratamento de disfunção de armazenamento em pacientes neurogênicos adultos. A qualidade metodológica dos estudos encontrados foi baixa e não existem comparações diretas que englobem os quatro antimuscarínicos considerados (darifenacina, oxibutinina, tolterodina e solifenacina).
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==Informações sobre o medicamento/alternativas==
  
A CONITEC publicou o [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2019/relatorio_antimuscarinicos_incontinencia_urinaria.pdf Relatório de Recomendação nº 467], aprovado pelo Ministério da Saúde por meio da [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2019/portariasctie-33-34.pdf Portaria nº 33, de 27 de junho de 2019] com a decisão final de '''não incorporar os antimuscarínicos, entre eles o Succinato de solifenacina, para o tratamento da incontinência urinária de urgência (IUU), no âmbito do SUS.''' Considerou-se que há muitas incertezas em relação às evidências apresentadas e que a relevância clínica dos tratamentos é muito pequena. Além disso, a frequente ocorrência de eventos adversos próprios dessa classe terapêutica pode afetar ainda mais a rotina dos pacientes acometidos pela IUU.
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O fármaco [[Solifenacina, succinato|Solifenacina]] não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser disponibilizado no momento.  
  
 
==Referências==
 
==Referências==
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<references/>
 
<references/>
*'''As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.'''
 

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