Mudanças entre as edições de "Lapatinibe"

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m (Substituindo texto 'Exceto pela Talidomida para o tratamento de Mieloma Múltiplo e pelo Mesilato de Imatinibe para a quimioterapia do Tumor do Estroma Gastrointestinal (GIST), da Leucemia Mieloide Crônica e Leucemia Linfoblástica Aguda cromosso)
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==Classe terapêutica==
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== Classe terapêutica ==
  
Antineoplásico
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Antineoplásico (inibidor de tirosina quinase/inibidor de EGFR)
  
==Nomes comerciais==
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== Nomes Comerciais ==
  
 
Tykerb
 
Tykerb
  
==Principais informações==
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==Resumo==
  
O [[lapatinibe]] é um medicamento anticancerígeno, de administração oral, desenvolvido para atingir um receptor específico presente na superfície das células de câncer de mama (ErbB1 e ErbB2), impedindo sua proliferação. Ele inibe, especificamente, a atividade de uma enzima dentro da célula e bloqueia o crescimento do câncer de mama <ref>[http://www.unimedfesp.coop.br/caju/capitulo_24.html] Bula do medicamento</ref>.
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O '''lapatinibe''' tem registro na ANVISA mas não é contemplado pelo SUS, de acordo com a [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2015/prt1008_30_09_2015.html Portaria 1008 de 30 de Setembro de 2015]. A Portaria cita outros quimioterápicos e/ou hormonioterapia para câncer de mama metastático em e 2ª linhas de tratamento como opções de tratamento.
 
 
É indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama, avançado ou metastático, cujos tumores apresentam superexpressão da proteína HER2+/neu (ErbB2+) e que tenham recebido quimioterapia prévia, inclusive com trastuzumabe <ref>[http://assinantes.medicinanet.com.br/bula/5206/tykerb.htm]  Bula do medicamento</ref>.
 
 
 
A busca da literatura localizou revisões sistemáticas de boa qualidade que verificaram eficácia e segurança do medicamento em casos de câncer de mama avançado ou com metástase. Existem evidências (ensaios clínicos realizados pela indústria) indicando que a associação da Lapatinibe com outro fármaco denominado Capecitabine, para o tratamento de pacientes selecionadas (ErbB2+), que apresentam piora da doença e/ou metástase após tratamento anterior, aumenta o tempo médio de evolução sem piora da doença em dois meses, mas não há aumento da sobrevida. Para mulheres na pós-menopausa, a associação da Lapatinibe mais Levotrozole também aumentou o tempo de evolução, sem piora, em média por cinco meses, mas não apresentou benefício na sobrevida <ref>[http://www.unimedfesp.coop.br/caju/capitulo_24.html] Lapatinibe para O tratamento de Câncer de Mama</ref>.
 
 
 
A administração de Lapatinibe apresenta pequeno efeito positivo em pacientes selecionadas (ErbB2+), com aumento de alguns meses de tempo sem progressão da doença, mas não há evidências de efeito positivo na sobrevida. Possui um alto custo mensal (mais de R$ 10mil) <ref>[http://www.unimedfesp.coop.br/caju/capitulo_24.html] Lapatinibe para O tratamento de Câncer de Mama</ref>. É importante avaliar o custo benefício desse tipo de tratamento.
 
 
 
 
 
 
 
== Padronização no SUS ==
 
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0874_16_05_2013.html Portaria nº 874, de 16 de maio de 2013.] Institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
 
 
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0140_27_02_2014.html Portaria nº 140, de 27 de fevereiro de 2014.] Redefine os critérios e parâmetros para organização, planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada em oncologia e define as condições estruturais, de funcionamento e de recursos humanos para a habilitação destes estabelecimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
 
 
 
 
==Informações sobre o medicamento/alternativas==
 
 
 
A '''atenção especializada em oncologia''' está composta por estabelecimentos habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON). São instituições destinadas ao atendimento integral dos pacientes oncológicos e devem fornecer a medicação prescrita, desde que de eficiência comprovada. Estes centros são financiados e os critérios para tratamento são definidos pela União (Ministério da Saúde).
 
 
 
Desta forma, o tratamento a pacientes com neoplasia, após implementação dos CACON(s)/UNACON, é realizado através dessas instituições, as quais são clínicas e hospitais cadastrados no SUS com o objetivo de tratar integralmente pacientes com essa patologia.
 
 
 
Ressalta-se que, a compra e administração do tratamento é toda efetuada pelos CACON(s)/UNACON, com posterior cobrança da UNIÃO através de APAC – Autorização para Procedimentos de Alta Complexidade, a qual é realizada com a codificação em conformidade com os procedimentos tabelados, e, em conformidade com o tratamento realizado em cada paciente.
 
 
 
Ressalta-se ainda que, com a implantação da APAC-ONCO, a tabela de procedimentos do SUS não refere a medicamentos, mas sim indicações terapêuticas de tipos e situações tumorais especificadas em cada procedimento descrito e independente de esquema terapêutico utilizado, conforme orientação exarada pela UNIÃO dentro de sua competência para organização do Sistema.
 
 
 
Salvo algumas poucas exceções, '''o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde não padronizam nem fornecem medicamentos antineoplásicos diretamente aos hospitais ou aos usuários do SUS'''. Os procedimentos quimioterápicos da tabela do SUS não fazem referência a qualquer medicamento e são aplicáveis às situações clínicas específicas para as quais terapias antineoplásicas medicamentosas são indicadas. Ou seja, '''os hospitais credenciados no SUS e habilitados em Oncologia são os responsáveis pelo fornecimento de medicamentos oncológicos que eles, livremente, padronizam, adquirem e fornecem, cabendo-lhes codificar e registrar conforme o respectivo procedimento. Assim, a partir do momento em que um hospital é habilitado para prestar assistência oncológica pelo SUS, a responsabilidade pelo fornecimento do medicamento antineoplásico é desse hospital, seja ele público ou privado, com ou sem fins lucrativos.'''
 
 
 
São os CACON/UNACONs que podem informar os tratamentos disponíveis para as neoplasias e esclarecer as diretrizes estabelecidas nas Portarias. Sugerimos consulta à instituição correspondente à região de residência do paciente para verificar a possibilidade de atendimento e os tratamentos disponíveis.
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU - MACRORREGIÃO VALE DO ITAJAÍ
 
 
 
Fundação Hospitalar de Blumenau/ Hospital Santo Antônio (UNACON)
 
 
 
Rua Itajaí, nº 545, Vorstadt, – 89015-200- Blumenau -SC
 
Telefone: 47 3231-4000/3231-4009
 
Fax: (47) 3231-4077
 
 
 
 
 
Hospital Santa Isabel/ Sociedade Divina Providência (UNACON com serviço de radioterapia)
 
 
 
Rua: Marechal Floriano Peixoto, nº 300- Centro -CEP-89.010-906- Blumenau – SC
 
Telefone: (47) 3321-1000
 
Fax: (47) 3321-1001/ 3326-9258
 
 
 
 
 
CHAPECÓ - MACRORREGIÃO EXTREMO OESTE
 
 
 
Hospital Regional do Oeste/ Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira (UNACON com serviço de radioterapia e hematologia)
 
 
 
Rua Florianópolis, nº1448 E - CEP- 89.812-121- Chapecó – SC
 
Telefone: (49) 3321-6500 / 3321-6511
 
Fax: (49) 3321-6571
 
 
 
 
 
CRICIÚMA - MACRORREGIÃO CRICIÚMA
 
 
 
Hospital São José/ Sociedade Caritativa Santo Agostinho (UNACON com serviço de radioterapia e hematologia)
 
 
 
Rua Coronel Pedro Benedet, nº 630, Centro -CEP-88.801-250-Criciúma – SC
 
Telefone: (48) 3431-1500
 
Fax: (48) 3431-1617
 
 
 
 
 
FLORIANÓPOLIS - MACRORREGIÃO GRANDE FLORIANÓPOLIS
 
 
 
Centro de Pesquisas Oncológicas - CEPON/ Fundação de Apoio ao Hemocentro (UNACON com serviço de radioterapia e hematologia)
 
 
 
Rodovia Admar Gonzaga, SC nº 404, km 0,5, Itacorubi, -CEP- 88.034-000 Florianópolis – SC
 
Telefone: (48) 3331-1400 / 33311440
 
Fax: (48) 3331-1467
 
 
 
 
 
Hospital Carmela Dutra/ CEPON/ Fundação de Apoio ao Hemocentro (hematologia)
 
 
 
Rua Irmã Benvarda, nº 208, Centro -CEP: 88.015-270- Florianópolis – SC
 
Telefone: (48) 3251-7500 / 3251-7505
 
Fax: (48) 3251-7506
 
 
 
 
 
Hospital Governador Celso Ramos/ Fundação de Apoio ao Hemocentro (UNACON com serviço de radioterapia e hematologia)
 
 
 
Rua Irmã Benwarda, nº 297, Centro- CEP: 88.015-270 Florianópolis – SC
 
Telefone: (48) 3251-7000
 
Fax: (48) 3251-7028
 
 
 
 
 
Hospital Infantil Joana de Gusmão (UNACON exclusiva de oncologia pediátrica)
 
 
 
Rua Rui Barbosa, nº152, Agronômica- CEP- 88.025-301-Florianópolis – SC
 
Telefone: (48) 3251-9000
 
Fax: (48) 3251-9013/ 3251-9024
 
 
 
 
 
Hospital Universitário/ Universidade Federal de Santa Catarina (UNACON com serviço de hematologia)
 
 
 
Campus Universitário, CEP-88040-970-Florianópolis – SC
 
Telefone: (48) 3721-9100 / 3721-9163
 
Fax: (48) 3721-8354
 
 
 
 
 
Hospital de Caridade - Radioterapia
 
 
 
Rua Menino Deus, 376, Centro, Florianópolis – SC
 
Telefone: (48) 3223-2085
 
Fax: (48) 3223-2919
 
 
 
 
 
 
 
ITAJAÍ - MACRORREGIÃO VALE DO ITAJAÍ
 
 
 
Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhansen/ Inst. das Pequenas Missionárias Maria Imaculada (UNACON)
 
 
 
Avenida Marcos Konder, nº 1111-Centro -CEP- 88.301- 303- Itajaí – SC
 
Telefone: (47) 3249-9400
 
Fax: (47) 3348-8946
 
 
 
 
 
JARAGUÁ DO SUL
 
 
 
Hospital e Maternidade São José
 
 
 
Rua: Dr. Waldemiro Mazurechen, nº 80 – Centro- CEP- 89.251-830- Jaraguá do Sul-SC
 
Telefone: (47) 3274-5000 / 3275-1640
 
Fax: (47) 3371-1588
 
 
 
 
 
JOAÇABA – MACRORREGIÃO MEIO-OESTE
 
 
 
Hospital Universitário Santa Terezinha/ Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNACON com serviço de radioterapia)
 
 
 
Travessa Domingos Floriani Bonato, nº 37-CEP-  89600-000-Joaçaba-SC
 
Telefone: (49) 355-19500
 
Fax: (49) 3551-9540
 
 
 
 
 
JOINVILLE - MACRORREGIÃO NORDESTE
 
 
 
Hospital Municipal São José (CACON)
 
 
 
Avenida Getulio Vargas, nº 238 – 89.202-000 -Joinville – SC
 
Telefones: (47) 34416-666 / 3441-6605.
 
coordenahmsj@yahoo.com.br  Mª Helena 34416568
 
Hospital  Materno Infantil  Dr.Jeser Amarante Farias – Fone: 047- 31451609
 
  
 +
==Principais informações==
  
LAGES - MACRORREGIÃO PLANALTO SERRANO
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O '''lapatinibe''' quando usado em combinação com outro medicamento direcionado ao câncer, pode diminuir e interromper o crescimento de células cancerígenas, ou mesmo destruí-las, em pacientes com alguns tipos de câncer de mama em estágio avançado que já tenham recebido tratamento prévio.
  
Hospital Geral e Maternidade Tereza Ramos (UNACON)
+
Leva 7 dias, após o início do tratamento, para iniciar a ação farmacológica, desde que se mantenha a dose diária recomendada. Geralmente, as alterações no tamanho do tumor ocorrem após 4 a 8 semanas do início do tratamento, podendo a diminuição do tamanho do tumor ser observada após 7 dias de tratamento. Entretanto, estes resultados podem variar entre os pacientes <ref>[http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=3372312015&pIdAnexo=2577711 Bula do medicamento] Acesso em: 22/08/2016] </ref>
  
Rua Marechal Deodoro, nº 799- Centro, -CEP-88.501-001- Lages – SC
+
==Registro na ANVISA==
Telefone: (49) 3251-0022
 
Fax: (49) 3251-0004
 
  
 +
No Brasil esta medicação é aprovado pela ANVISA para:
  
PORTO UNIÃO - MACRORREGIÃO PLANALTO NORTE
+
- Câncer de mama metastático com superexpressão do HER2: lapatinibe em combinação com capecitabina, é indicado no tratamento de pacientes com câncer de mama, avançado ou metastático, cujos tumores apresentem superexpressão da proteína HER2/neu (ErbB2) e que tenham progredido com terapia prévia inclusive com trastuzumabe, em tumores com metástase.
 +
Em combinação com trastuzumabe, o lapatinibe é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático negativo para receptores de hormônios, cujos tumores superexpressem HER2/neu (ErB2) e que tenham progredido em terapia prévia com trastuzumabe em combinação com quimioterapia, em tumores com metástase.
  
Hospital de Caridade São Braz de Porto União (UNACON)
+
- Câncer de mama metastático hormônio sensível: lapatinibe, em combinação com letrozol, é indicado para mulheres na pós-menopausa, com câncer de mama avançado ou metastático positivo para receptores de hormônios, cujos tumores superexpressem HER2/neu (ErbB2) e para as quais a terapia hormonal é recomendada.
  
Rua Frei Rogério, nº579 - CEP- 89400-000- Porto União – SC
+
Obs: lapatinibe, em combinação com um inibidor de aromatase, não foi comparado a um regime terapêutico contendo trastuzumabe, no tratamento do câncer de mama metastático. <ref>[http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=3372312015&pIdAnexo=2577712 Buça do medicamento para profissional de saúde] Acesso em: 22/08/2016 </ref>
Telefone/ Fax: (42) 3521-2233
 
  
  
TUBARÃO – MACROREGIÃO SUL
+
==Disponibilidade do medicamento no SUS==
  
Hospital Nossa Senhora da Conceição/ Sociedade Divina Providência (UNACON)
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A[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2015/prt1008_30_09_2015.html Portaria 1008 de 30 de Setembro de 2015] que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Carcinoma de Mama, não considera o lapatinibe como opção terapêutica.3
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Sobre seu uso, a portaria diz: “o trastuzumabe no tratamento do câncer de mama avançado (metastático ou recidivado), bem como outros medicamentos, inclusive os anti-HER-2 com indicação nos casos de progressão tumoral após o uso de trastuzumabe em pacientes com doença metastática, como lapatinibe, pertuzumabe e trastuzumabe-entansina, devem ser submetidos à análise pela CONITEC, em termos de eficácia, efetividade, custo-efetividade e, se possível, de custo-oportunidade.”
  
Rua Vidal Ramos, nº 215-CEP- 88.701-160 -Tubarão-SC
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Não é oferecida opção terapêutica direcionada contra a proteína HER2 da célula de câncer para câncer de mama metastático pelo SUS.
Telefone: (48) 3631-7000 – Onco:36317052 (enfª Ariane)
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A portaria cita outros agentes quimioterápicos que podem ser usados no tratamento de câncer de mama metastático como antracíclicos (doxorrubicina ou epirrubicina), taxanos (paclitaxel, docetaxel), e outros agentes quimioterápicos ( gencitabina, metrotrexato, 5-fluorouracila, vinorelbina, vimblastina, entre outros), além de hormonioterapia. Tais tratamentos podem ser cobrados com um dos 4 códigos existentes na Tabela SIGTAP para tratamento de câncer de mama avançado: 03.04.02.013-3 - quimioterapia do carcinoma de mama avançado -1ª linha, 03.04.02.014-1 - quimioterapia do carcinoma de mama avançado - 2ª linha, 03.04.02.033-8 - hormonioterapia do carcinoma de mama avançado - 2ª linha e 03.04.02.034-6 - hormonioterapia do carcinoma de mama avançado- 1ª linha.
Fax: (48) 3631-7088
 
  
 
==Referências==
 
==Referências==
<references>
+
<references/>

Edição das 13h53min de 22 de agosto de 2016

Classe terapêutica

Antineoplásico (inibidor de tirosina quinase/inibidor de EGFR)

Nomes Comerciais

Tykerb

Resumo

O lapatinibe tem registro na ANVISA mas não é contemplado pelo SUS, de acordo com a Portaria 1008 de 30 de Setembro de 2015. A Portaria cita outros quimioterápicos e/ou hormonioterapia para câncer de mama metastático em 1ª e 2ª linhas de tratamento como opções de tratamento.

Principais informações

O lapatinibe quando usado em combinação com outro medicamento direcionado ao câncer, pode diminuir e interromper o crescimento de células cancerígenas, ou mesmo destruí-las, em pacientes com alguns tipos de câncer de mama em estágio avançado que já tenham recebido tratamento prévio.

Leva 7 dias, após o início do tratamento, para iniciar a ação farmacológica, desde que se mantenha a dose diária recomendada. Geralmente, as alterações no tamanho do tumor ocorrem após 4 a 8 semanas do início do tratamento, podendo a diminuição do tamanho do tumor ser observada após 7 dias de tratamento. Entretanto, estes resultados podem variar entre os pacientes <ref>Bula do medicamento Acesso em: 22/08/2016] </ref>

Registro na ANVISA

No Brasil esta medicação é aprovado pela ANVISA para:

- Câncer de mama metastático com superexpressão do HER2: lapatinibe em combinação com capecitabina, é indicado no tratamento de pacientes com câncer de mama, avançado ou metastático, cujos tumores apresentem superexpressão da proteína HER2/neu (ErbB2) e que tenham progredido com terapia prévia inclusive com trastuzumabe, em tumores com metástase. Em combinação com trastuzumabe, o lapatinibe é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático negativo para receptores de hormônios, cujos tumores superexpressem HER2/neu (ErB2) e que tenham progredido em terapia prévia com trastuzumabe em combinação com quimioterapia, em tumores com metástase.

- Câncer de mama metastático hormônio sensível: lapatinibe, em combinação com letrozol, é indicado para mulheres na pós-menopausa, com câncer de mama avançado ou metastático positivo para receptores de hormônios, cujos tumores superexpressem HER2/neu (ErbB2) e para as quais a terapia hormonal é recomendada.

Obs: lapatinibe, em combinação com um inibidor de aromatase, não foi comparado a um regime terapêutico contendo trastuzumabe, no tratamento do câncer de mama metastático. <ref>Buça do medicamento para profissional de saúde Acesso em: 22/08/2016 </ref>


Disponibilidade do medicamento no SUS

APortaria 1008 de 30 de Setembro de 2015 que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Carcinoma de Mama, não considera o lapatinibe como opção terapêutica.3 Sobre seu uso, a portaria diz: “o trastuzumabe no tratamento do câncer de mama avançado (metastático ou recidivado), bem como outros medicamentos, inclusive os anti-HER-2 com indicação nos casos de progressão tumoral após o uso de trastuzumabe em pacientes com doença metastática, como lapatinibe, pertuzumabe e trastuzumabe-entansina, devem ser submetidos à análise pela CONITEC, em termos de eficácia, efetividade, custo-efetividade e, se possível, de custo-oportunidade.”

Não é oferecida opção terapêutica direcionada contra a proteína HER2 da célula de câncer para câncer de mama metastático pelo SUS. A portaria cita outros agentes quimioterápicos que podem ser usados no tratamento de câncer de mama metastático como antracíclicos (doxorrubicina ou epirrubicina), taxanos (paclitaxel, docetaxel), e outros agentes quimioterápicos ( gencitabina, metrotrexato, 5-fluorouracila, vinorelbina, vimblastina, entre outros), além de hormonioterapia. Tais tratamentos podem ser cobrados com um dos 4 códigos existentes na Tabela SIGTAP para tratamento de câncer de mama avançado: 03.04.02.013-3 - quimioterapia do carcinoma de mama avançado -1ª linha, 03.04.02.014-1 - quimioterapia do carcinoma de mama avançado - 2ª linha, 03.04.02.033-8 - hormonioterapia do carcinoma de mama avançado - 2ª linha e 03.04.02.034-6 - hormonioterapia do carcinoma de mama avançado- 1ª linha.

Referências

<references/>