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==Classe terapêutica==
 
  
Radiofármacos Terapêuticos <ref>[https://www.whocc.no/atc_ddd_index/?code=V10 Grupo ATC] Acesso 26/06/2019</ref>
 
 
[[Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC)]] - V10XX04 <ref>[https://www.whocc.no/atc_ddd_index/?code=V10XX04 Código ATC] Acesso 05/03/2018</ref>
 
 
Isótopos radioativos antineoplásicos
 
<ref>[https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/q/?substancia=25922 Classe Terapêutica - Registro ANVISA] Acesso 26/06/2019</ref>
 
 
==Nomes comerciais==
 
 
DOT-IPEN-177
 
 
==Indicações==
 
 
O medicamento '''Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)''' é indicado para o tratamento de  pacientes com tumores que superexpressam receptores sstr2, ou tumores neuroendócrinos (NETs) metastáticos ou inoperáveis. Os pacientes candidatos à terapia com tumores que superexpressam esses receptores sstr2 normalmente apresentam tumores gastroenteropancreáticos ou bronquiais, mas pacientes com feocromocitomas, paragangliomas, neuroblastomas e carcinoma medular da tireoide também podem ser incluídos. Idealmente os pacientes devem apresentar NETs bem diferenciados ou moderadamente diferenciados, definidos como NETs grau 1 ou 2 <ref>[https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/geral/BULA%20DOT-IPEN-177%20Profissional%20da%20saude.pdf Bula do medicamento do radiofármaco] Acesso 26/06/2019</ref>.
 
 
==Informações sobre o medicamento==
 
 
O medicamento [[Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)]] é para uso exclusivo em terapia na medicina nuclear. O seu uso é restrito a hospitais e clínicas especializadas.
 
 
Possui as seguintes apresentações na data de calibração:
 
DOT-IPEN-177 3700 Mbq: 3700 Mbq (100 mCi) de octreotato tetraxetana (177 Lu)
 
DOT-IPEN-177 7400 Mbq: 7400 Mbq (200 mCi) de octreotato tetraxetana (177 Lu)
 
 
A solução para administração intravenosa apresenta características nucleares de radioisótopo lutécio-177. Apresenta meia-vida de 6,7 dias, ou seja, sua dose radioativa inicial cai pela metade (50%) após este período.
 
 
O medicamento [[Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)]] é um análogo fisiológico da somatostatina. Após administração intravenosa, é rapidamente clareado (eliminado) do sangue. É excretado primariamente por via renal e a excreção renal é de cerca de 64% 24 horas após a administração.
 
 
*'''Contraindicações'''
 
 
O medicamento [[Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)]] é contraindicado na gravidez, lactação, doença severa aguda concomitante, desordem psiquiátrica severa, lactação (se não for descontinuada), função renal severamente comprometida e medula óssea severamente comprometida.
 
 
*'''Cuidados de Armazenamento'''
 
 
O medicamento [[Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)]] deve ser armazenado no frasco original lacrado, em posição vertical e conservado em um recipiente blindado (embalagem protetora de chumbo e gelo seco), devendo ser mantido em temperatura de congelamento (0 a -20 ºC) até o momento do uso. Antes da utilização, o acondicionamento deve ser verificado. As precauções apropriadas de assepsia e de radioproteção devem ser respeitadas.
 
 
*'''Protocolo de administração'''
 
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, são realizadas de 3 a 5 aplicações de 7,4 GBq (200 mCi) de [[Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)]], em regime de internação ou ambulatorial (de acordo com a necessidade clínica), com intervalos de 6 a 10 semanas entre as mesmas. Essa é a dose do adulto.
 
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), são realizadas de 3 a 5 aplicações de 7,4 GBq (200 mCi) de [[Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)]], em regime de internação ou ambulatorial (de acordo com a necessidade clínica), com intervalos de 6 a 10 semanas entre as mesmas. Essa é a dose do adulto <ref>[http://sbmn.org.br/wp-content/uploads/2018/08/Terapia-com-Octreotato-Dota-177Lu.pdf SBNM – Diretriz para Terapia com Octreotato-DOTA-177Lu] Acesso 26/06/2019</ref>..
 
 
A injeção será realizada concomitantemente à administração de aminoácidos, por bomba de infusão, de acordo com as orientações abaixo:
 
 
- puncionar veia periférica utilizando jelco e extensor, com uma saída de três vias: uma para o soro com aminoácidos, outra para o Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu) (os dois devem ser administrados com auxílio de bomba de infusão, cada um em uma) e outra para as demais medicações; ou ainda puncionar uma veia em cada membro superior e usar um acesso para Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu) e outro para solução de aminoácidos e outras medicações;
 
 
- iniciar a infusão do soro com aminoácidos contendo 1L, com taxa de 250 mL/h (tempo total de 4 horas);
 
 
- colocar o conteúdo do frasco de Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu) em um SF 0,9% de 100 mL para fazer na outra bomba de infusão;
 
 
- começar a aplicação do Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu) cerca de 30 minutos após iniciada a infusão dos aminoácidos, com taxa de 200 mL/h (tempo total de 30 minutos);
 
 
- lavar o equipo com 50 mL de SF 0,9%, depois de acabar o conteúdo do frasco contendo o Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu).
 
 
* '''Padronização no SUS'''
 
 
'''O medicamento [[Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)]] não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais ([[RENAME]]) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).'''
 
 
A [[RENAME]] contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o Art. 54 do [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/D8901.htm Decreto nº 8.901, de 10 de novembro de 2016], a atualização da [[RENAME]] compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – [[CONITEC]], a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.
 
 
Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.
 
 
* '''Informações adicionais'''
 
 
Considerando tratar-se de uma fonte de radioatividade, o transporte <ref>[http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm501.pdf Norma CNEN NE 5.01 - Resolução CNEN nº 013/88] Acesso em: 26/06/2019</ref>, recebimento, preparo, uso, manuseio <ref>[http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm601.pdf Norma CNEN NN06.1 - Resolução CNEN nº 005/99] Acesso em: 26/06/2019</ref> <ref>[http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm305.pdf Norma CNEN NN3.05 – Resolução CNEN nº 159/13] Acesso em: 26/06/2019</ref> e descarte <ref>[http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm801.pdf Norma CNEN NN 8.01 – Resolução CNEN nº 167/14] Acesso em: 26/06/2019</ref> de radiofármacos devem estar em conformidade com a regulamentação nacional para materiais radioativos, no sentido de atender a todos os requisitos de radioproteção e segurança.
 
 
* '''Serviços de Medicina Nuclear'''
 
 
Os Serviços de Medicina Nuclear, onde '''obrigatoriamente serão realizados o recebimento e as aplicações do Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)''', deverão seguir as normas da [http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=02/09/2008&jornal=1&pagina=26&totalArquivos=56 Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 38, de 4 de junho de 2008], a qual dispõe sobre a instalação e o funcionamento de Serviços de Medicina Nuclear "in vivo", estabelecendo, a partir do seu Regulamento Técnico, os requisitos e parâmetros de controle sanitário para a instalação e o funcionamento de Serviços de Medicina Nuclear "in vivo", visando à defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral.
 
 
Cabe ressaltar, que '''o medicamento Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu) não pode ser entregue ao paciente''', por ser uma fonte de radioatividade. Em Santa Catarina há '''apenas 4 Serviços de Medicina Nuclear credenciados e aptos''' para a aplicação do medicamento '''Lutécio radioativo 177 (Octreotato tetraxetana 177 Lu)''', quais sejam:
 
 
- BIONUCLEAR SERVICOS MEDICINA N LTDA - CNPJ 01-514.221/0001-40 - Florianópolis
 
 
- CARDIOPRIME SS - CNPJ 81.160.251/0001-35 - Blumenau
 
 
- ONCOPETSCAN TRAT DIAG IM  LTDA - CNPJ 20.219.830/0001-11 - Blumenau
 
 
- IMEDIC DIAGNOSTICO POR IMAGEM LTDA - CNPJ 05.135.788/0001-67 - Chapecó
 
 
==Referências==
 
<references/>
 
*'''As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.'''
 
 
''Conexão SES/PGE''
 

Edição das 17h49min de 26 de junho de 2019