Mudanças entre as edições de "Glicosamina+Condroitina"

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(Evidências científicas)
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==Evidências científicas==
 
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[https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/art.39819 Roman-Blas e colaboradores (2017)] conduziram um estudo multicêntrico de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com objetivo de avaliar a eficácia e segurança da terapia combinada de sulfato de glicosamina e sulfato de condroitina comparado ao placebo em pacientes com osteoartrite sintomática de joelho. A população estudada era composta por pacientes com osteoartrite sintomática primária de joelho, diagnosticada de acordo com critérios da Academia Americana de Reumatologia. Os pacientes foram classificados como alto grau radiográfico, de acordo com a escala Kellgren/Lawrence, e com dor moderada a severa no joelho. Os pacientes foram randomizados e receberam única dose oral, na formulação de sachê, contendo 1.200 mg de sulfato de condroitina mais 1.500 mg de sulfato de glicosamina ou placebo. '''Como resultados, os autores relataram que a terapia de combinação dos medicamentos glicosamina + condroitina foi inferior ao placebo na redução da dor nas articulações, após o seguimento de tratamento de seis meses. Em conclusão, os autores demonstraram que a combinação sulfato de glicosamina + sulfato de condroitina não foi superior ao placebo no controle da dor e limitação funcional em pacientes com osteoartrite de joelho após seis meses de tratamento.'''
 
[https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/art.39819 Roman-Blas e colaboradores (2017)] conduziram um estudo multicêntrico de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com objetivo de avaliar a eficácia e segurança da terapia combinada de sulfato de glicosamina e sulfato de condroitina comparado ao placebo em pacientes com osteoartrite sintomática de joelho. A população estudada era composta por pacientes com osteoartrite sintomática primária de joelho, diagnosticada de acordo com critérios da Academia Americana de Reumatologia. Os pacientes foram classificados como alto grau radiográfico, de acordo com a escala Kellgren/Lawrence, e com dor moderada a severa no joelho. Os pacientes foram randomizados e receberam única dose oral, na formulação de sachê, contendo 1.200 mg de sulfato de condroitina mais 1.500 mg de sulfato de glicosamina ou placebo. '''Como resultados, os autores relataram que a terapia de combinação dos medicamentos glicosamina + condroitina foi inferior ao placebo na redução da dor nas articulações, após o seguimento de tratamento de seis meses. Em conclusão, os autores demonstraram que a combinação sulfato de glicosamina + sulfato de condroitina não foi superior ao placebo no controle da dor e limitação funcional em pacientes com osteoartrite de joelho após seis meses de tratamento.'''
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[Zhu e colaboradores (2018)] realizaram uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados para analisar a efetividade e segurança do uso de glucosamina e condroitina no tratamento de osteoartrite. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane Library e foram selecionados 26 artigos para a análise, envolvendo um total de 7.172 pacientes. Os desfechos avaliados nesta meta-análise foram: a) primário: intensidade da dor, melhora da função e pontuação de rigidez desde o início até o final do tratamento; b) secundário: a segurança dos estudos. '''Os autores apontaram resultados de que esses medicamentos não apresentaram efeito significativo no desfecho dor, função e rigidez em comparação ao placebo'''. No entanto, as estimativas entre condroitina e placebo mostraram que a condroitina poderia aliviar os sintomas da dor e melhorar a função. Em comparação com o placebo, a glucosamina provou um efeito significativo apenas no aspecto da melhoria da rigidez. Em suma, os autores concluíram que se pode afirmar que a condroitina oral na dose recomendada é mais eficaz que o placebo no alívio da dor e melhora da função física e que em comparação com o placebo, a glucosamina mostrou um efeito significativo no resultado da rigidez.
  
 
==Referências==
 
==Referências==

Edição das 14h14min de 13 de agosto de 2019

Classe terapêutica

Não há Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) da associação glicosamina + condroitina. Desta forma destacamos os Códigos ATC dos medicamentos isolados.

  • Glicosamina

Produtos anti-inflamatórios e antirreumáticos <ref>Grupo ATC Acesso 21/05/2019</ref>

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - M01AX05 <ref>Código ATC Acesso 21/05/2019</ref>

  • Condroitina

Produtos anti-inflamatórios e antirreumáticos <ref>Grupo ATC Acesso 21/05/2019</ref>

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - M01AX25 <ref>Código ATC Acesso 21/05/2019</ref>


Outros produtos com ação no sistema músculo esquelético <ref>Classe Terapêutica - Registro ANVISA Acesso 21/05/2019</ref> <ref>Classe Terapêutica - Registro ANVISA Acesso 21/05/2019</ref>

Nomes comerciais

Ártico, Ártico Caps, Artrolive, Bolt Caps, Condroflex ®, Libre ®

Indicações

A associação dos medicamentos Glicosamina + Condroitina é indicada para o tratamento “sintomático” da dor associada às artroses primária e secundária. <ref>Bula do medicamento do profissional Acesso 21/05/2019</ref>

Informações sobre o medicamento

O medicamento glicosamina + condroitina não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A RENAME contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o Decreto nº 7.646, de 21 de dezembro de 2011, a atualização da RENAME compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC, a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas – PCDT.

Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.


Entretanto, cabe salientar que todos os medicamentos e insumos fornecidos no âmbito do SUS, nos diferentes níveis de atenção à saúde, estão descritos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), sendo classificados por Componentes da Assistência Farmacêutica, quais sejam Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF), Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) e Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF). Assim, o SUS disponibiliza uma vasta gama de medicamentos para diferentes patologias.

Os seguintes medicamentos (clique no nome do medicamento para consultar como ter acesso ao mesmo), os quais não necessariamente compõem a mesma classe farmacológica, mas possuem indicação para mesma patologia, estão disponíveis no âmbito do SUS pelo Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF): <ref>Formulário Terapêutico Nacional 2010 Acesso em 21/05/2019</ref> <ref>RENAME 2018 Acesso em 21/05/2019</ref>

Além dos medicamentos citados acima, deverá ser consultada a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais de cada município, pois conforme o Art. 27, §1º, do Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.

Evidências científicas

Roman-Blas e colaboradores (2017) conduziram um estudo multicêntrico de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com objetivo de avaliar a eficácia e segurança da terapia combinada de sulfato de glicosamina e sulfato de condroitina comparado ao placebo em pacientes com osteoartrite sintomática de joelho. A população estudada era composta por pacientes com osteoartrite sintomática primária de joelho, diagnosticada de acordo com critérios da Academia Americana de Reumatologia. Os pacientes foram classificados como alto grau radiográfico, de acordo com a escala Kellgren/Lawrence, e com dor moderada a severa no joelho. Os pacientes foram randomizados e receberam única dose oral, na formulação de sachê, contendo 1.200 mg de sulfato de condroitina mais 1.500 mg de sulfato de glicosamina ou placebo. Como resultados, os autores relataram que a terapia de combinação dos medicamentos glicosamina + condroitina foi inferior ao placebo na redução da dor nas articulações, após o seguimento de tratamento de seis meses. Em conclusão, os autores demonstraram que a combinação sulfato de glicosamina + sulfato de condroitina não foi superior ao placebo no controle da dor e limitação funcional em pacientes com osteoartrite de joelho após seis meses de tratamento.

[Zhu e colaboradores (2018)] realizaram uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados para analisar a efetividade e segurança do uso de glucosamina e condroitina no tratamento de osteoartrite. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane Library e foram selecionados 26 artigos para a análise, envolvendo um total de 7.172 pacientes. Os desfechos avaliados nesta meta-análise foram: a) primário: intensidade da dor, melhora da função e pontuação de rigidez desde o início até o final do tratamento; b) secundário: a segurança dos estudos. Os autores apontaram resultados de que esses medicamentos não apresentaram efeito significativo no desfecho dor, função e rigidez em comparação ao placebo. No entanto, as estimativas entre condroitina e placebo mostraram que a condroitina poderia aliviar os sintomas da dor e melhorar a função. Em comparação com o placebo, a glucosamina provou um efeito significativo apenas no aspecto da melhoria da rigidez. Em suma, os autores concluíram que se pode afirmar que a condroitina oral na dose recomendada é mais eficaz que o placebo no alívio da dor e melhora da função física e que em comparação com o placebo, a glucosamina mostrou um efeito significativo no resultado da rigidez.

Referências

<references/>

  • As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.

Conexão SES/PGE