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O lúpus é uma doença autoimune, um grupo de doenças nas quais as células de defesa agridem as próprias células e orgãos do corpo humano. As pessoas que têm lúpus apresentam com frequência um grupo de glóbulos brancos, chamados células B, com uma atividade alterada. Essas células produzem anticorpos que podem danificar as células normais (auto anticorpos). O BLyS é uma proteína que estimula as células B a produzirem anticorpos. [[Belimumabe]] ajuda a regular as células B ligando-se à proteína BLyS. Havendo esta ligação, há uma redução na produção de anticorpos e no caso de pacientes com lúpus, redução na produção dos auto anticorpos que agridem as próprias células e orgãos <ref> [http://peraltasrv.com/rimel/bulas_pdf/199-1.pdf Bula do Medicamento] </ref>.
 
O lúpus é uma doença autoimune, um grupo de doenças nas quais as células de defesa agridem as próprias células e orgãos do corpo humano. As pessoas que têm lúpus apresentam com frequência um grupo de glóbulos brancos, chamados células B, com uma atividade alterada. Essas células produzem anticorpos que podem danificar as células normais (auto anticorpos). O BLyS é uma proteína que estimula as células B a produzirem anticorpos. [[Belimumabe]] ajuda a regular as células B ligando-se à proteína BLyS. Havendo esta ligação, há uma redução na produção de anticorpos e no caso de pacientes com lúpus, redução na produção dos auto anticorpos que agridem as próprias células e orgãos <ref> [http://peraltasrv.com/rimel/bulas_pdf/199-1.pdf Bula do Medicamento] </ref>.
  
Estudos mostraram que [[belimumabe]] mostrou-se mais eficiente que placebo no tratamento de indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico (LES) sorologicamente ativo. O desfecho primário ocorreu na semana 52, com melhora em várias aferições empregadas, inclusive a avaliação global pelo médico. Porém, o sucesso de [[belimumabe]] em 52 semanas (BLISS-52) pode ter resultado de uma nova subanálise em subpopulação de pacientes que melhorou com o tratamento. A maioria dos pacientes mostrou estar na categoria "B" quanto à atividade da doença, o que significa que tinham mais autoanticorpos, inclusive títulos mais elevados de anti-DNA e níveis mais altos de imunoglobulinas séricas <ref> [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042011000500001&script=sci_arttext Estudo clínico em lúpus: falha na medicação ou falha no desenho do estudo. Rev. Bras. Reumatol. vol.51 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2011] </ref>. Portanto, o sucesso do medicamento no estudo pode ser somente uma forma diferente de apresentar os resultados do mesmo.
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Estudos mostraram que [[belimumabe]] mostrou-se mais eficiente que placebo no tratamento de indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico (LES) sorologicamente ativo. O desfecho primário ocorreu na semana 52, com melhora em várias aferições empregadas, inclusive a avaliação global pelo médico. Porém, o sucesso de [[belimumabe]] em 52 semanas (BLISS-52) pode ter resultado de uma nova subanálise em subpopulação de pacientes que melhorou com o tratamento. A maioria dos pacientes mostrou estar na categoria "B" quanto à atividade da doença, o que significa que tinham mais autoanticorpos, inclusive títulos mais elevados de anti-DNA e níveis mais altos de imunoglobulinas séricas <ref> [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042011000500001&script=sci_arttext Estudo clínico em lúpus: falha na medicação ou falha no desenho do estudo. Rev. Bras. Reumatol. vol.51 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2011] </ref>. Portanto, o sucesso do medicamento no estudo pode ser somente pela forma diferente de apresentar os resultados do mesmo, manipulando informações de acordo com os interesses do laboratório.
  
 
==Informações sobre o medicamento/alternativas==
 
==Informações sobre o medicamento/alternativas==

Edição das 16h35min de 18 de novembro de 2013

Classe terapêutica

Anticorpo Monoclonal

Nomes comerciais

Benlysta

Principais informações

Belimumabe pertence a um grupo de medicamentos chamados anticorpos monoclonais.Belimumabe é indicado como terapia adjuvante em pacientes adultos com lúpus eritematoso sistêmico (LES) ativo, que apresentam alto grau de atividade da doença (ex: anti-DNA positivo e baixo complemento) e que estejam em uso de tratamento padrão para LES, incluindo corticosteroides, antimaláricos, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) ou outros imunossupressores.

A eficácia de Belimumabe não foi avaliada em pacientes com nefrite lúpica ativa grave nem com lúpus ativo grave do sistema nervoso central <ref> Bula do Medicamento </ref>.

O lúpus é uma doença autoimune, um grupo de doenças nas quais as células de defesa agridem as próprias células e orgãos do corpo humano. As pessoas que têm lúpus apresentam com frequência um grupo de glóbulos brancos, chamados células B, com uma atividade alterada. Essas células produzem anticorpos que podem danificar as células normais (auto anticorpos). O BLyS é uma proteína que estimula as células B a produzirem anticorpos. Belimumabe ajuda a regular as células B ligando-se à proteína BLyS. Havendo esta ligação, há uma redução na produção de anticorpos e no caso de pacientes com lúpus, redução na produção dos auto anticorpos que agridem as próprias células e orgãos <ref> Bula do Medicamento </ref>.

Estudos mostraram que belimumabe mostrou-se mais eficiente que placebo no tratamento de indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico (LES) sorologicamente ativo. O desfecho primário ocorreu na semana 52, com melhora em várias aferições empregadas, inclusive a avaliação global pelo médico. Porém, o sucesso de belimumabe em 52 semanas (BLISS-52) pode ter resultado de uma nova subanálise em subpopulação de pacientes que melhorou com o tratamento. A maioria dos pacientes mostrou estar na categoria "B" quanto à atividade da doença, o que significa que tinham mais autoanticorpos, inclusive títulos mais elevados de anti-DNA e níveis mais altos de imunoglobulinas séricas <ref> Estudo clínico em lúpus: falha na medicação ou falha no desenho do estudo. Rev. Bras. Reumatol. vol.51 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2011 </ref>. Portanto, o sucesso do medicamento no estudo pode ser somente pela forma diferente de apresentar os resultados do mesmo, manipulando informações de acordo com os interesses do laboratório.

Informações sobre o medicamento/alternativas

O medicamento belimumabe não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que o medicamento referido, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado.

Atualmente, para o tratamento de lúpus, são disponibilizados os medicamentos azatioprina, hidroxicloroquina, cloroquina, ciclofosfamida e ciclosporina, aos pacientes portadores de CID 10 L930, L931, M32.1, M32.8., segundo critérios estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (2002).

Referências

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