Mudanças entre as edições de "Polissulfato pentosano de sódio"

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(3) alguma substância desconhecida na urina que danifica a bexiga;  
 
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(4) mudanças nos nervos que transportam as sensações da bexiga, de forma que estímulos que não deveriam causar dor passam a causa-la; e/ou  
 
(4) mudanças nos nervos que transportam as sensações da bexiga, de forma que estímulos que não deveriam causar dor passam a causa-la; e/ou  
(5) o sistema imunológico do corpo humano agride a bexiga, à semelhança de outras doenças autoimunes.  
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(5) o sistema imunológico do corpo humano agride a bexiga, à semelhança de outras doenças autoimunes <ref> [http://uronline.com.br/?faq=cistite-intersticial-sindrome-da-bexiga-dolorosa Cistite Intersticial / Síndrome da Bexiga Dolorosa] </ref>.  
  
 
É provável que haja diferentes causas em grupos diferentes de pacientes com cistite intersticial. Também é possível que um desses processos estimule o outro (por exemplo, um defeito no epitélio da bexiga que leva à inflamação e estímulo dos mastócitos). Estudos recentes mostram que os pacientes com cistite intersticial podem apresentar uma substância na urina que inibe o crescimento de células no epitélio da bexiga. Desta forma, algumas pessoas podem se tornar predispostas a desenvolver cistite intersticial após uma lesão à bexiga, como a causada por uma infecção, por exemplo.
 
É provável que haja diferentes causas em grupos diferentes de pacientes com cistite intersticial. Também é possível que um desses processos estimule o outro (por exemplo, um defeito no epitélio da bexiga que leva à inflamação e estímulo dos mastócitos). Estudos recentes mostram que os pacientes com cistite intersticial podem apresentar uma substância na urina que inibe o crescimento de células no epitélio da bexiga. Desta forma, algumas pessoas podem se tornar predispostas a desenvolver cistite intersticial após uma lesão à bexiga, como a causada por uma infecção, por exemplo.

Edição das 17h50min de 2 de abril de 2014

Classe terapêutica

Glicosaminoglicano

Nomes comerciais

Elmiron

Principais informações

Cistite intersticial (CI) é uma condição tratável mas essencialmente incurável, que se manifesta por dor pélvica crônica e aumento da freqüência urinária, e ocorre na ausência de qualquer etiologia conhecida. Esta condição permanece um enigma no campo da urologia. O tratamento da CI consiste em aliviar os sintomas, não existem evidências de alguma forma de tratamento que pode curar essa condição.

As causas da CI estão sendo estudadas em centros de pesquisa do mundo inteiro. Muitos pesquisadores acreditam que as causas são: (1) um defeito no epitélio da bexiga que permite a penetração de substâncias irritantes da urina nas camadas profundas da bexiga; (2) um tipo de célula inflamatória (o mastócito) liberando histamina e outras substâncias que promovem os sintomas da cistite intersticial; (3) alguma substância desconhecida na urina que danifica a bexiga; (4) mudanças nos nervos que transportam as sensações da bexiga, de forma que estímulos que não deveriam causar dor passam a causa-la; e/ou (5) o sistema imunológico do corpo humano agride a bexiga, à semelhança de outras doenças autoimunes <ref> Cistite Intersticial / Síndrome da Bexiga Dolorosa </ref>.

É provável que haja diferentes causas em grupos diferentes de pacientes com cistite intersticial. Também é possível que um desses processos estimule o outro (por exemplo, um defeito no epitélio da bexiga que leva à inflamação e estímulo dos mastócitos). Estudos recentes mostram que os pacientes com cistite intersticial podem apresentar uma substância na urina que inibe o crescimento de células no epitélio da bexiga. Desta forma, algumas pessoas podem se tornar predispostas a desenvolver cistite intersticial após uma lesão à bexiga, como a causada por uma infecção, por exemplo.

Como não se sabe ao certo a causa da doença, os medicamentos podem ou não ajudar no alívio dos sintomas e não existem estudos/revisões sistemáticas conclusivas sobre o assunto. O tratamento pode ser comportamental (dieta, psicologia), medicamentoso ou cirúrgico. Os medicamentos existentes incluem o polissulfato pentosano de sódio, cloridrato de amitriptilina e anti-histamínicos (como o hidroxizine).

O polissulfato pentosano de sódio é um glicosaminoglicano com afinidade por membranas mucosas. É aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento da cistite intersticial. O mecanismo pelo qual ele reduz a dor e a freqüência urinária não está claro, mas ele pode substituir a camada de glicosaminoglicano deficiente no epitélio da bexiga.

Este medicamento não possui registro na ANVISA. Nos dias de hoje, em muitos países, inclusive o Brasil, o registro de novos medicamentos é feito apenas quando a agência reguladora se satisfaz plenamente com as evidências de sua qualidade, eficácia e segurança, apresentadas por uma indústria farmacêutica que pleiteie este registro. As evidências de eficácia são geralmente obtidas através de ensaios clínicos controlados, nos quais um grupo de pacientes recebe o medicamento novo, e outro grupo, controle, recebe, por exemplo, placebo ou o tratamento habitual. A determinação de quem recebe qual tipo de tratamento deve ser aleatória e, idealmente, nem investigadores nem pacientes sabem o que estão recebendo até o final do estudo. Estudos desenhados desta forma asseguram uma avaliação imparcial dos resultados. Esses estudos, conhecidos como de fase III, só são realizados após o término de estudos preliminares, conhecidos como de fase I e fase II, que envolvem um número relativamente pequeno de indivíduos sãos e/ou doentes.

Informações sobre o medicamento/alternativas

Pelos motivos expostos acima, o medicamento polissulfato pentosano de sódio não é disponibilizado pelo SUS.

Alternativamente ao polissulfato pentosano de sódio, a Amitriptilina 25mg e 75mg é integrante da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2012. A aquisição e distribuição deste medicamento é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão. Ressalta-se que a disponibilização deste é obrigatória, de acordo com a Deliberação 501/CIB/13 de 27 de novembro de 2013, visando garantir as linhas de cuidado das doenças contempladas no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, indicados nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), de acordo com a necessidade local/regional.

Ainda, o medicamento Amitriptilina 25mg está sendo disponibilizado na Farmácia Popular e nas farmácias conveniadas no Programa Farmácia Popular do Brasil, conforme Portaria Portaria nº 971 de 15 de maio de 2012.

A amitriptilina é um antidepressivo, mas na realidade ela possui muitos efeitos que podem aliviar os sintomas da CI. Ela possui efeitos anti-histamínicos, reduz os espasmos da bexiga e reduz a velocidade dos nervos que transmitem a dor (por isso ela é utilizada para muitos tipos de dor, não apenas a CI).

Referências

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