Mudanças entre as edições de "Canabidiol e Insônia"
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Foram selecionadas as publicações mais relevantes, restando apenas 32 artigos utilizados nesta revisão de literatura. Entre os artigos analisados, notou-se um grande número de publicações de países desenvolvidos e que já possuem há mais tempo a legalização do comércio e o uso recreativo do canabidiol. Ressalta-se que boa parte dos estudos brasileiros são compostos de experiências regionais. | Foram selecionadas as publicações mais relevantes, restando apenas 32 artigos utilizados nesta revisão de literatura. Entre os artigos analisados, notou-se um grande número de publicações de países desenvolvidos e que já possuem há mais tempo a legalização do comércio e o uso recreativo do canabidiol. Ressalta-se que boa parte dos estudos brasileiros são compostos de experiências regionais. | ||
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+ | == '''Canabidiol de Conselho Federal de Medicina:''' == | ||
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+ | A Resolução CFM nº 2.324/22, que autoriza o uso do canabidiol (CBD), um dos 80 derivados canabinoides da cannabis sativa, para o tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes refratários aos tratamentos convencionais foi publicada nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU). A diretriz manteve vedada a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como quaisquer outros derivados que não o canabidiol. Segundo a norma, o grau de pureza da substância e sua forma de apresentação devem seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). | ||
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+ | O plenário do CFM aprovou a Resolução após revisões científicas sobre as aplicações terapêuticas e a segurança do uso do canabidol. O trabalho considerou publicações feitas de dezembro de 2020 a agosto de 2022. Também foram colhidas mais de 300 contribuições por meio de consulta pública aberta para médicos de todo o País. Após a avaliação, o CFM concluiu pela existência de resultados positivo da prescrição do CBD em casos de Síndromes Convulsivas, como Lennox-Gastaut e Dravet, mas resultados negativos em diversas outras situações clínicas. | ||
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+ | “O uso do canabidiol foi autorizado pelo CFM tendo em vista o padecimento de crianças e famílias em função da refratariedade ao tratamento convencional para as crises epiléticas relacionadas às síndromes de Dravet, Doose e Lennox-Gastaut”, explica a relatora da Resolução, Rosylane Rocha. Segundo ela, a epilepsia é classificada como refratária ou resistente a medicamentos quando o paciente não consegue ficar livre de convulsões mediante testes adequados de dois medicamentos que tenham sido indicados adequadamente para o tipo de convulsão do paciente, prescritos singularmente ou combinados. | ||
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+ | De acordo com a conselheira, a partir da publicação da RDC Anvisa nº 327 houve inúmeras atividades de fomento ao uso de produtos de cannabis e um aumento significativo de prescrição de canabidiol para doenças em substituição a tratamentos convencionais e cientificamente comprovados. | ||
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+ | '''A norma aprovada pelo CFM veda ao médico a prescrição de canabidiol para indicação terapêutica diversa da prevista na Resolução, salvo em estudos clínicos autorizados pelo Sistema formado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e Conselhos de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP). Também fica proibido ao médico ministrar palestras e cursos sobre uso do canabidiol ou produtos derivados de cannabis fora do ambiente científico, bem como fazer sua divulgação publicitária. A resolução deverá ser revista no prazo de três anos a partir da data de sua publicação.''' | ||
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'''Conclusão:''' O canabidiol é comumente considerado um auxílio para o manejo da ansiedade e dos distúrbios do sono, no entanto, não há estudos publicados até o momento avaliando seus efeitos sobre o sono em pessoas com transtorno de insônia crônica confirmada. Dado o crescente interesse do consumidor e a expansão da prescrição legal de CBD em todo o mundo, é importante compreender melhor como os medicamentos à base de canabidiol envolvem a ansiedade e o sono, bem como a funcionalidade do paciente antes de se tornarem uma intervenção de rotina na prática clínica. | '''Conclusão:''' O canabidiol é comumente considerado um auxílio para o manejo da ansiedade e dos distúrbios do sono, no entanto, não há estudos publicados até o momento avaliando seus efeitos sobre o sono em pessoas com transtorno de insônia crônica confirmada. Dado o crescente interesse do consumidor e a expansão da prescrição legal de CBD em todo o mundo, é importante compreender melhor como os medicamentos à base de canabidiol envolvem a ansiedade e o sono, bem como a funcionalidade do paciente antes de se tornarem uma intervenção de rotina na prática clínica. |
Edição das 19h53min de 19 de agosto de 2024
Introdução:
A ansiedade é descrita como uma emoção da vivência humana, sendo um acontecimento natural e fundamental à autopreservação, mesmo gerando sensações de apreensão e alterações físicas específicas. A insônia, por sua vez, é caracterizada como um distúrbio do sono comum que pode se apresentar isoladamente ou em conjunto a outras condições médicas ou psiquiátricas.
Tendo em vista essas comorbidades, o canabidiol (CBD) é um composto químico não alucinogênico, derivado da planta Cannabis sativa, com um novo papel no controle da ansiedade e da insônia. Assim, tendo em vista a alta prevalência dos transtornos de ansiedade e insônia, e os prejuízos que esses quadros podem gerar na vida dos indivíduos, fazem-se investigações sobre o tema para a condução de tratamentos adequados. Logo, este estudo tem como finalidade, discordar sobre o uso de canabidiol no tratamento de ansiedade e insônia.
Uma revisão de literatura com a finalidade de reunir e sintetizar o conteúdo sobre o uso terapêutico do canabidiol em transtornos de ansiedade e insônia, incluiu produções científicas realizadas com grupos de seres humanos e estudos de literaturas publicadas entre 2010 e 2020 *.
O levantamento bibliográfico foi realizado nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Sistema Online de Análise e Recuperação de Literatura Médica (MEDLINE).
Resultados::
Foram selecionadas as publicações mais relevantes, restando apenas 32 artigos utilizados nesta revisão de literatura. Entre os artigos analisados, notou-se um grande número de publicações de países desenvolvidos e que já possuem há mais tempo a legalização do comércio e o uso recreativo do canabidiol. Ressalta-se que boa parte dos estudos brasileiros são compostos de experiências regionais.
Canabidiol de Conselho Federal de Medicina:
A Resolução CFM nº 2.324/22, que autoriza o uso do canabidiol (CBD), um dos 80 derivados canabinoides da cannabis sativa, para o tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes refratários aos tratamentos convencionais foi publicada nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU). A diretriz manteve vedada a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como quaisquer outros derivados que não o canabidiol. Segundo a norma, o grau de pureza da substância e sua forma de apresentação devem seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O plenário do CFM aprovou a Resolução após revisões científicas sobre as aplicações terapêuticas e a segurança do uso do canabidol. O trabalho considerou publicações feitas de dezembro de 2020 a agosto de 2022. Também foram colhidas mais de 300 contribuições por meio de consulta pública aberta para médicos de todo o País. Após a avaliação, o CFM concluiu pela existência de resultados positivo da prescrição do CBD em casos de Síndromes Convulsivas, como Lennox-Gastaut e Dravet, mas resultados negativos em diversas outras situações clínicas.
“O uso do canabidiol foi autorizado pelo CFM tendo em vista o padecimento de crianças e famílias em função da refratariedade ao tratamento convencional para as crises epiléticas relacionadas às síndromes de Dravet, Doose e Lennox-Gastaut”, explica a relatora da Resolução, Rosylane Rocha. Segundo ela, a epilepsia é classificada como refratária ou resistente a medicamentos quando o paciente não consegue ficar livre de convulsões mediante testes adequados de dois medicamentos que tenham sido indicados adequadamente para o tipo de convulsão do paciente, prescritos singularmente ou combinados.
De acordo com a conselheira, a partir da publicação da RDC Anvisa nº 327 houve inúmeras atividades de fomento ao uso de produtos de cannabis e um aumento significativo de prescrição de canabidiol para doenças em substituição a tratamentos convencionais e cientificamente comprovados.
A norma aprovada pelo CFM veda ao médico a prescrição de canabidiol para indicação terapêutica diversa da prevista na Resolução, salvo em estudos clínicos autorizados pelo Sistema formado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e Conselhos de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP). Também fica proibido ao médico ministrar palestras e cursos sobre uso do canabidiol ou produtos derivados de cannabis fora do ambiente científico, bem como fazer sua divulgação publicitária. A resolução deverá ser revista no prazo de três anos a partir da data de sua publicação.
Conclusão: O canabidiol é comumente considerado um auxílio para o manejo da ansiedade e dos distúrbios do sono, no entanto, não há estudos publicados até o momento avaliando seus efeitos sobre o sono em pessoas com transtorno de insônia crônica confirmada. Dado o crescente interesse do consumidor e a expansão da prescrição legal de CBD em todo o mundo, é importante compreender melhor como os medicamentos à base de canabidiol envolvem a ansiedade e o sono, bem como a funcionalidade do paciente antes de se tornarem uma intervenção de rotina na prática clínica.
Referência Bibliográfica:
- Rodrigues, BB, Alvarenga, LCR, & Aguiar, C. (2022). Uso terapêutico do canabidiol nos transtornos de ansiedade e insônia: Uso terapêutico do canabidiol em transtornos de ansiedade e insônia. Revista Brasileira de Desenvolvimento , 8 (12), 79140–79152. https://doi.org/10.34117/bjdv8n12-152