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Medicamentos antidepressivos têm demonstrado  efeito  clínico  no  tratamento  da  bexiga hiperativa. A [[Amitriptilina, cloridrato|amitriptilina]], dentre  suas  indicações  aprovadas  pela  ANVISA,  está  a enurese  noturna  (micção  involuntária).  O  mecanismo  de  ação  envolvido  nesta  aplicação terapêutica não é bem conhecido, mas sabe-se que este medicamento possui propriedades anticolinérgica e relaxante  muscular  na  bexiga,  e  tem  sido  usado  no  tratamento  da enurese <ref> http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Dez/12/darifenacina(Enablex%C2%AE).pdf </ref>.  
 
Medicamentos antidepressivos têm demonstrado  efeito  clínico  no  tratamento  da  bexiga hiperativa. A [[Amitriptilina, cloridrato|amitriptilina]], dentre  suas  indicações  aprovadas  pela  ANVISA,  está  a enurese  noturna  (micção  involuntária).  O  mecanismo  de  ação  envolvido  nesta  aplicação terapêutica não é bem conhecido, mas sabe-se que este medicamento possui propriedades anticolinérgica e relaxante  muscular  na  bexiga,  e  tem  sido  usado  no  tratamento  da enurese <ref> http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Dez/12/darifenacina(Enablex%C2%AE).pdf </ref>.  
  
Portanto, como alternativa terapêutica, o SUS oferece os medicamentos [[Amitriptilina, cloridrato|amitriptilina]], [[Clomipramina, cloridrato|clomipramina]], [[Nortriptilina, cloridrato|nortriptilina]] e [[Fluoxetina, cloridrato|fluoxetina]] (antidepressivos); [[haloperidol]] e [[Clorpromazina, cloridrato|clorpromazina]] (antipsicóticos); [[clonazepam]] e [[diazepam]] (benzodiazepínicos ansiolíticos), pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2013. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.
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Portanto, como alternativa terapêutica, o SUS oferece os medicamentos [[Amitriptilina, cloridrato|amitriptilina]], [[Clomipramina, cloridrato|clomipramina]], [[Nortriptilina, cloridrato|nortriptilina]] e [[Fluoxetina, cloridrato|fluoxetina]] (antidepressivos); [[haloperidol]] e [[Clorpromazina, cloridrato|clorpromazina]] (antipsicóticos); [[clonazepam]] e [[diazepam]] (benzodiazepínicos ansiolíticos), pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2014. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.
  
 
'''No [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Relatorio_ToxinaBotulinica_Bexigahiperativa_CP.pdf Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 15] também está disponível a lista de procedimentos disponibilizados pelo SUS para o tratamento dessa patologia.'''
 
'''No [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Relatorio_ToxinaBotulinica_Bexigahiperativa_CP.pdf Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 15] também está disponível a lista de procedimentos disponibilizados pelo SUS para o tratamento dessa patologia.'''

Edição das 18h25min de 19 de maio de 2015

Classe terapêutica

Antiespasmódico urinário - antagonista seletivo do receptor muscarínico M3 (principal subtipo que controla a contração do músculo detrusor da bexiga urinária) <ref> http://www.portal.novartis.com.br/upload/imgconteudos/1255.pdf Bula do medicamento </ref>.

Nomes comerciais

Enablex

Principais informações

A darifenacina é um medicamento indicado para o tratamento da hiperatividade vesical (bexiga hiperativa ou instável). Os sintomas de bexiga hiperativa incluem urgência, urge-incontinência urinária e aumento da freqüência de micção. <ref> http://www.portal.novartis.com.br/upload/imgconteudos/1255.pdf Bula do medicamento </ref>.

BEXIGA HIPERATIVA

A bexiga hiperativa define-se como um quadro clínico caracterizado por imperiosidade miccional, isto é, uma vontade forte, desconfortável e súbita de urinar. A darifenacina inibe a contração do músculo liso detrusor da bexiga, aliviando o desconforto por retardar o desejo de urinar <ref> http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=38080&tipo_doc=rcm </ref>.


Tratamento farmacológico:

Dentre as medidas farmacológicas existentes, os fármacos anticolinérgicos orais (oxibutinina, tolterodina, solifenacina) são atualmente a terapêutica de primeira linha no tratamento, existindo uma segunda linha terapêutica constituída por fármacos não licenciados, como a toxina botulínica tipo A, que se utiliza nos casos refratários à terapêutica de primeira linha ou naqueles doentes que não conseguem tolerar os efeitos secundários dos anticolinérgicos orais <ref> http://www.apurologia.pt/acta/3-2007/trat-bex-hip.pdf </ref>.

Os membros da CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) recomendaram a não incorporação da Toxina Botulínica tipo A no SUS para o tratamento da Bexiga Hiperativa, conforme Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 15 - Toxina Botulínica do tipo A para o tratamento da bexiga hiperativa. Entretanto, a CONITEC recomenda que o Ministério da Saúde realize estudo acerca do tratamento para a Bexiga Hiperativa contemplando todas as diversas tecnologias disponíveis para o tratamento da doença.

Nesse mesmo Relatório está disponível a lista de procedimentos disponibilizados pelo SUS para o tratamento dessa patologia.


Tratamento não farmacológico <ref> http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Dez/12/darifenacina(Enablex%C2%AE).pdf </ref>

O tratamento clínico não farmacológico da bexiga hiperativa inclui as medidas gerais, tratamento comportamental, fisioterapêutico e o cateterismo intermitente.

Dentre as medidas gerais, é importante orientar que, bebidas gaseificadas, obesidade, tabagismo e diminuição da atividade física, são fatores de risco e devem ser evitados. Deve se ainda estar atento aos medicamentos utilizados pelos pacientes, uma vez que diversos fármacos têm efeitos colaterais sobre o trato urinário, como por exemplo, os diuréticos e os alfa bloqueadores.

Em crianças com enurese noturna, as opções terapêuticas que obtêm sucesso são: terapia comportamental e alarme noturno.


- Terapia comportamental: Objetiva modificar padrões de comportamentos não apropriados, que contribuem para a persistência da enurese. Deve ser considerado o tratamento de primeira linha. As técnicas comumente empregadas são:

Reforço Positivo: Baseia-se no auto monitoramento das eventuais perdas, com premiação das noites secas (sem enurese).

Treinamento do Controle de Retenção: Objetiva auxiliar o músculo detrusor na adaptação a volumes e pressões mais elevadas, e conscientizar a criança das sensações da bexiga cheia. O sucesso do método pode chegar a 87%, quando associado com o uso do alarme noturno.

Micção Noturna Programada: O objetivo é estimular o ato de acordar com o estímulo da bexiga cheia.

Treinamento Motivacional: A criança é motivada a assumir responsabilidade não apenas pelo problema em si, mas também pelo tratamento.


- Alarme Noturno: São dispositivos afixados ao pijama da criança, que emitem alarme sonoro quando ocorre a micção. Baseiam-se no princípio de alertar e sensibilizar a criança a responder prontamente à sensação de bexiga cheia durante o sono, transformando o reflexo miccional em reflexo de inibição da micção, bem como estimulando o paciente a acordar para urinar no banheiro. Exige um treinamento inicial com auxílio dos pais, e quando posto em prática, a criança deve ser encorajada a levantar-se, tentar completar sua micção no banheiro, bem como trocar suas roupas e lençóis antes de deitar-se novamente. Obviamente, o alarme tem um impacto na vida dos outros membros da família, que podem ser acordados antes do paciente, e com isto acarretar mais tensão familiar. Portanto, exige paciência e dedicação paterna e empenho do paciente. O relato de sucesso com uso do alarme é de 65% a 75%, com a duração de tratamento de 5 a 12 semanas, mas o índice de recidiva após seis meses situa-se em 15% a 66%. Em metanálise, a cura permanente ocorre em 43% dos casos. A falha inicial não impede o sucesso com a repetição do tratamento, e a associação com terapia comportamental parece assegurar resultados mais consistentes.


O tratamento clínico não farmacológico, tratamento comportamental, certamente demanda mais trabalho (treinamento) e cuidado de toda a família em relação ao manejo farmacológico. No entanto, deve-se considerar que todo medicamento tem efeitos colaterais, o que não ocorre com os tratamentos comportamentais, não sujeitando a criança aos efeitos adversos negativo do medicamento.

Informações sobre o medicamento/alternativas

O fármaco darifenacina não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser disponibilizado no momento.

Medicamentos antidepressivos têm demonstrado efeito clínico no tratamento da bexiga hiperativa. A amitriptilina, dentre suas indicações aprovadas pela ANVISA, está a enurese noturna (micção involuntária). O mecanismo de ação envolvido nesta aplicação terapêutica não é bem conhecido, mas sabe-se que este medicamento possui propriedades anticolinérgica e relaxante muscular na bexiga, e tem sido usado no tratamento da enurese <ref> http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Dez/12/darifenacina(Enablex%C2%AE).pdf </ref>.

Portanto, como alternativa terapêutica, o SUS oferece os medicamentos amitriptilina, clomipramina, nortriptilina e fluoxetina (antidepressivos); haloperidol e clorpromazina (antipsicóticos); clonazepam e diazepam (benzodiazepínicos ansiolíticos), pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2014. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.

No Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 15 também está disponível a lista de procedimentos disponibilizados pelo SUS para o tratamento dessa patologia.


Referências

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