Mudanças entre as edições de "Aflibercepte"

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Porém, o tratamento da DMRI não pode ser resumido apenas à injeção intre-vítrea de anti-angiogênicos. Há outras formas de tratamento que devem ser consideradas, dentre as quais a fotocoagulação a laser (realizado pelo SUS - código SIGTAP 04.05.03.004-5), a terapia fotodinâmica (não realizado no SUS) e o uso de corticóides intra-vítreos (realizado pelo SUS - código SIGTAP 04.05.03.005-3).
 
Porém, o tratamento da DMRI não pode ser resumido apenas à injeção intre-vítrea de anti-angiogênicos. Há outras formas de tratamento que devem ser consideradas, dentre as quais a fotocoagulação a laser (realizado pelo SUS - código SIGTAP 04.05.03.004-5), a terapia fotodinâmica (não realizado no SUS) e o uso de corticóides intra-vítreos (realizado pelo SUS - código SIGTAP 04.05.03.005-3).
 
'''O [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cp_sas_10_dmri_2012.pdf Protocolo Clínico para o tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade] já passou por Consulta Pública, no momento está sendo elaborada a versão final, para fins de posterior aprovação, publicação e entrada em vigor em todo o território '''nacional'''.''' Após esse processo, o medicamento [[bevacizumabe]] deverá ser disponibilizado pelo SUS para o tratamento da [[DMRI]].
 
  
 
==Referências==
 
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Edição das 13h43min de 26 de setembro de 2014

Classe terapêutica

anti - VEGF A (Fator de Crescimento Endotelial Vascular A)

Nomes comerciais

Eylia

Principais informações

Aflibercepte é indicado para o tratamento de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) do tipo neovascular (úmida). Ele atua bloqueando a atividade de um grupo de fatores conhecidos como Fator de Crescimento Endotelial Vascular A e o Fator de Crescimento Placentário (PIGF). Em pacientes com DMRI úmida, esses fatores causam a formação anormal de novos vasos sanguíneos no olho <ref> Bula do Medicamento Eylia </ref>.


A DMRI (também chamada de maculopatia relacionada à idade ou degeneração macular senil) é doença de alta prevalência em pacientes acima de 60 anos de idade, correspondendo atualmente à maior causa de cegueira em pacientes nessa faixa etária. A DMRI pode se manifestar da forma seca (mais comum, 90% dos casos) e forma úmida ou exudativa (10% dos casos).

Atualmente a DMRI seca não apresenta terapêutica com potencial de melhora da visão ou regressão da doença; somente o estudo AREDS (Age-Related Eye Disease Study) demonstrou redução da progressão da doença com suplementação vitamínica e de minerais nos grupos com DMRI seca intermediária e avançada <ref name="PCDT"> Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Degeneração Macular Relacionada a Idade (Forma Neovascular) </ref>.


O aflibercepte na DMRI úmida foi avaliado em dois estudos randomizados de design semelhante, duplo-cego, de fase III, com 96 semanas de duração - estudos conhecidos como VIEW-1 (n = 1.217) e VIEW-2 (n = 1.240), ambos patrocinados pelo laboratório farmacêutico fabricante do medicamento <ref> Intravitreal Ablibercept (VEGF Trap-eye) in wet age related Macular Degeneration </ref>. Os estudos foram projetados principalmente para demonstrar a não inferioridade do aflibercepte comparado com ranibizumabe no tratamento da DMRI. A conclusão foi que o aflibercepte é tão eficaz como o ranibizumabe (e, por comparação indireta, também pode ser assumido que o aflibercepte é tão eficaz quanto o bevacizumabe) no tratamento da DMRI, porém utilizando um reduzido número de doses em comparação ao ranibizumabe. Portanto, a principal vantagem clínica do aflibercepte sobre outras terapias é que é requerido um menor número de injeções e, portanto, menos visitas ao hospital para a aplicação <ref> Aflibercept for neovascular age-related macular degeneration. North East Treatment Advisory Group </ref>.


Para o tratamento da DMRI, Aflibercepte foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration - EUA) em novembro de 2011, pelo EMEA (European Medicines Agency) em novembro de 2012 e no Brasil, foi aprovado pela ANVISA em dezembro de 2012. Nos Estados Unidos, também foi aprovado para o tratamento do Edema Macular após Oclusão da Veia Central da Retina, em setembro de 2012.

Informações sobre o medicamento/alternativas

O medicamento aflibercepte não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente.

Sendo assim, cumpre ser informado que o medicamento referido, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado. E não há até o momento alternativa terapêutica disponível no momento para o tratamento da Degeneração Macular.

Porém, o tratamento da DMRI não pode ser resumido apenas à injeção intre-vítrea de anti-angiogênicos. Há outras formas de tratamento que devem ser consideradas, dentre as quais a fotocoagulação a laser (realizado pelo SUS - código SIGTAP 04.05.03.004-5), a terapia fotodinâmica (não realizado no SUS) e o uso de corticóides intra-vítreos (realizado pelo SUS - código SIGTAP 04.05.03.005-3).

Referências

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