Tirotrofina alfa

De ceos
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Classe terapêutica

TSH humano recombinante

Nomes comerciais

Thyrogen

Principais informações

Tirotrofina alfa é indicado para uso exclusivo como ferramenta diagnóstica suplementar para o teste de tiroglobulina (Tg) sérica, com ou sem cintilografia com iodo radioativo, no acompanhamento de pacientes com câncer de tireóide diferenciado <ref> Bula do Medicamento </ref>.

A tireoidectomia consiste na remoção cirúrgica da totalidade ou de parte da glândula tireóide. Esta cirurgia pode ser efetuada quando um paciente sofre de câncer da tireóide ou sofre de uma outra patologia deste órgão tal como o hipertireoidismo.

Após a cirurgia e a radioiodoterapia, os pacientes são tratados com doses supressivas de levotiroxina, visando reduzir os níveis séricos de TSH para minimizar o crescimento de qualquer tumor residual. Também, após a tireoidectomia inicial, usa-se Iodo para eliminar resíduos microscópicos do tumor e/ou lesões metastáticas, diminuindo recorrências e mortalidade, especialmente em pacientes de alto risco. Porém, para a realização da radioiodoterapia com Iodo, os pacientes devem permanecer um período (4 a 6 semanas) sem o uso de levotiroxina, o que oportuniza uma melhor captação do iodo pelas células tireoidianas remanescentes. Neste período em que permanecem sem o uso de levotiroxina, os pacientes podem apresentar sinais e sintomas decorrentes do hipotireoidismo endógeno, como ganho de peso, fadiga, constipação, intolerância ao frio, parestesias e outros <ref> [1] Parecer Técnico Científico - O uso da Tirotrofina alfa no diagnóstico e acompanhamento do Câncer de tireóide - Ministério da Saúde, 2008] </ref>.

Como alternativa ao estado hipotireodeo na preparação do paciente para a radioiodoterapia, alguns autores propõem a utilização da tirotrofina alfa recombinante humana. A vantagem argumentada por estes autores seria a minimização dos efeitos adversos do estado de hipotireoidismo endógeno. A substância ativa do Thyrogen, a tirotropina alfa, produzida pela tecnologia de DNA recombinante, é uma cópia da TSH humano e é utilizada para estimular qualquer tecido restante da tiroide, incluindo o tecido cancerígeno. É utilizado para detetar tecido tiroideu que tenha eventualmente permanecido após a cirurgia. A tirotropina alfa também pode ser utilizado em associação com iodo radioativo para remover (eliminar) eventuais resíduos de tecido tiroideu em doentes cuja glândula tiroideia tenha sido totalmente ou quase totalmente removida e cujo cancro não se tenha propagado a outras partes do corpo. A utilização deste produto permite que o paciente continue a tomar seu hormônio levotiroxina durante a preparação para a iodoterapia <ref> [https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=0CDsQFjAC&url=http%3A%2F%2Fportal2.saude.gov.br%2Frebrats%2Fvisao%2Festudo%2FleituraArquivo.cfm%3Fanexo%3D50%26est%3D105&ei=Y9owUuvcL4WS9gTkvYCADA&usg=AFQjCNGj2SbmHJ7AJw4Yxnr_jE-8MYV2OQ&sig2=ul3nPYFm9O3jDBTeOqVyTw Parecer Técnico Científico - O uso da Tirotrofina alfa no diagnóstico e acompanhamento do Câncer de tireóide - Ministério da Saúde, 2008] </ref>.

Informações sobre o medicamento/alternativas

O fármaco tirotrofina alfa não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser disponibilizado no momento.

Como alternativa terapêutica, o SUS oferece a Iodoterapia de Carcinoma Diferenciado da Tireóide.

No que diz respeito à eliminação do tecido tiroideu restante após a cirurgia ao cancro da tiroide, ambos os tratamentos foram 100 % eficazes após oito meses. Esta observação foi confirmada durante um estudo de acompanhamento: os 43 doentes cujos resultados puderam ser avaliados após mais três anos e meio apresentavam um tratamento bem sucedido. Nestes incluíam-se 25 doentes que utilizaram Thyrogen e 18 cuja terapêutica de substituição foi interrompida (Iodoterapia). Os estudo publicados de maiores dimensões confirmaram que o Thyrogen teve um efeito semelhante ao da interrupção da administração da terapêutica de substituição (Iodoterapia) em doentes cujo cancro não se tinha propagado a outras partes do corpo. Portanto, a alternativa terapêutica que o SUS oferece, apesar de possuir o inconveniente de haver a necessidade de interrupção do tratamento, é totalmente eficaz ao tratamento que se propõe.

Referências

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