Triptorrelina

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É importante destacar que devido a complexidade do financiamento e dos tratamentos oncológicos, estes serão apresentados de forma diferenciada dos demais medicamentos da plataforma Ceos.

Grupo Principal

Agentes antineoplásicos e imunomoduladores <ref>Grupo ATC Acesso em: 03/08/2017</ref>

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - L02AE04 <ref>Código ATC Acesso em: 03/08/2017</ref>

Nomes comerciais

Neo Decapeptyl ®, Gonapeptyl Daily ®

Como este medicamento funciona?

O medicamento triptorrelina é uma substância cuja principal função é a de inibir a liberação dos hormônios sexuais. Após cerca de 2 semanas da sua aplicação, a triptorrelina começa a inibir os estímulos hormonais que levam ao crescimento dos tumores da próstata, como também ao desenvolvimento da endometriose. O tempo médio estimado para início da ação depois que começar a utilizar é de 48 horas.<ref>Bula do medicamento Neo Decapeptyl do paciente Acesso em: 03/08/2017.</ref> Possui função semelhante (análogo) ao hormônio natural de liberação de gonadotropina (GnRH). A injeção resulta inicialmente na estimulação da liberação de LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante) pela hipófise. O aumento dos níveis de LH e de FSH nas mulheres leva, inicialmente, ao aumento da concentração de estrógeno (hormônio sexual feminino) no sangue. A administração contínua de agonista de GnRH resulta na inibição da hipófise em secretar LH e FSH. Esta inibição leva a queda na concentração de estradiol (hormônio sexual produzido pelos folículos ovarianos) no sangue. Estes efeitos são reversíveis, ou seja, o bloqueio deixa de existir se o medicamento for descontinuado. O uso pode prevenir o aumento repentino de LH e desta forma prevenir a ovulação prematura.<ref>Bula do medicamento Gonapeptyl Daily do paciente Acesso em: 03/08/2017.</ref>

Indicações

O medicamento triptorrelina é indicado para:

- Neoplasia maligna da próstata hormônio dependente em estágio avançado. Triptorrelina pode ser usado como tratamento alternativo quando a orquiectomia ou a administração de estrógenos não são indicados ou não são aceitos pelo paciente. Um efeito favorável do medicamento é mais claro e frequente quando o paciente não tiver recebido anteriormente outro tratamento hormonal;

- Puberdade precoce (meninas até 8 anos e meninos até 10 anos);

- Endometriose de localização genital e extragenital (do estado I ao estado IV): a duração do tratamento é limitada a 6 meses. Neste caso, não é recomendado um segundo tratamento com triptorrelina ou por outro análogo do LHRH (hormônio de liberação do LH);

- Leiomioma do útero, não especificado sintomático: indicado como medida pré-operatória com a finalidade de reduzir o tamanho individual dos leiomiomas antes de ser realizado a enucleação ou a histerectomia do leiomioma;

- Também utilizado em Técnicas de Reprodução Assistida.<ref>Bula do medicamento Acesso em: 23/11/2016 </ref>

Padronização no SUS

Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2017

Portaria nº 1.554 de 30 de julho de 2013

Anexos da Portaria nº 1.554 de 30 de julho de 2013

Portaria nº 879, de 12 de julho de 2016 - Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Endometriose

Portaria nº 111, de 23 de abril de 2010 - Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Puberdade Precoce Central.

Portaria nº 1.325, de 25 de novembro de 2013 - Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Leiomioma do Útero.

Informações sobre o medicamento

O medicamento triptorrelina está padronizado pelo Ministério da Saúde para portadores de Endometriose - CID10 N80.0, N80.1, N80.2, N80.3, N80.4, N80.5 e N80.8, portadores de Leiomioma de Útero - CID10 D25.0, D25.1 e D25.2 e portadores de Puberdade Precoce Central - CID10 E22.8. Encontra-se disponível pela SES/SC, via Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), nas apresentações de 3,75 mg (injetável/frasco-ampola) e 11,25 mg (injetável/frasco-ampola), sendo necessário o preenchimento dos critérios de inclusão definidos pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – PCDT da doença.


Consultar como o paciente pode ter Acesso ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica - CEAF e quais os documentos necessários.


CABE AO PACIENTE A RESPONSABILIDADE DE BUSCAR ATENDIMENTO PELA VIA ADMINISTRATIVA por meio do CEAF e atender as exigências preconizadas no PCDT (exames, documentos, receita, termo de consentimento e laudo médico, entre outros) para solicitação e possibilidade de deferimento do medicamento. Os documentos serão analisados por técnicos da SES/SC, e estando de acordo com o protocolo, serão liberados e posteriormente ficarão disponíveis para o paciente na sua respectiva unidade de saúde e serão entregues conforme o tempo previsto para cada tratamento.

Referências

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