Docetaxel

É importante destacar que devido à complexidade do financiamento e dos tratamentos oncológicos, estes serão apresentados de forma diferenciada dos demais medicamentos da plataforma Ceos.

Grupo Principal

Agente antineoplásico e imunomodulador <ref>Grupo ATC Acesso em: 16/04/2018</ref>

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - L01CD02<ref>Código ATC Acesso em: 16/04/2018</ref>

Nome comercial

Docetaxel anidro - Doceglennu®, Dosataxel®, Oncodocel®, Taxotere®, Genérico

Docetaxel triidratado - Docelibbs®, Docetere®, Genérico

Como este medicamento funciona?

O medicamento docetaxel é um agente antineoplásico que atua promovendo a agregação das tubulinas na formação dos microtúbulos estáveis, inibindo sua despolimerização e promovendo a diminuição expressiva da tubulina livre. Desta forma, atua rompendo a rede de microtúbulos celulares, essencial para as funções celulares vitais durante o processo de divisão celular (intérfase e mitose). <ref>Bula do profissional do medicamento Doceglennu® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Dosataxel® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Oncodocel® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Taxotere® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do docetaxel anidro genérico Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Docelibbs® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Docetere® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do docetaxel tri-hidratado genérico Acesso em: 16/04/2018.</ref>

Quais indicações da bula brasileira?

Conforme bula aprovada pela ANVISA, o medicamento docetaxel está indicado para:

- Câncer de mama adjuvante: tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável com linfonodo positivo, em associação com doxorrubicina e ciclofosfamida; linfonodo negativo, com um ou mais fatores de alto risco: tamanho de tumor > 2 cm; idade < 35 anos, status de receptor hormonal negativo, tumor grau 2 ou 3, em associação com doxorrubicina e ciclofosfamida; tumores com superexpressão HER2, quando administrada doxorrubicina e ciclofosfamida seguida de docetaxel em associação com trastuzumabe; tumores com superexpressão HER2 quando da associação de docetaxel com trastuzumabe e carboplatina; - Câncer de mama metastático: localmente avançado ou metastático que não receberam terapia citotóxica prévia, em associação com doxorrubicina; após falha de quimioterapia citotóxica prévia ( antraciclina ou outro agente alquilante), em monoterapia; após falha de quimioterapia citotóxica ( antraciclina ), em associação com capecitabina; em tumores com superexpressão HER2, em associação com trastuzumabe, e que previamente não receberam quimioterapia para doença metastática; - Câncer de pulmão de não pequenas células: localmente avançado ou metastático, mesmo após falha de quimioterapia prévia; irressecável, localmente avançado ou metastático, em associação com cisplatina, e que não tenham recebido quimioterapia para esta condição previamente; - Câncer de ovário: metastático após falha de quimioterapia de primeira linha ou subsequente; - Câncer de próstata: metastático androgênio independente (refratário a hormônio) em associação com prednisona ou prednisolona; - Adenocarcinoma gástrico: avançado, incluindo adenocarcinoma da junção gastroesofágica, em associação com cisplatina e 5-fluoruracila, e que não receberam quimioterapia prévia para a doença avançada; - Câncer de cabeça e pescoço: terapia de indução em pacientes com carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço localmente avançado na cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe; em associação com cisplatina e 5-fluoruracila. <ref>Bula do profissional do medicamento Doceglennu® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Dosataxel® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Oncodocel® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Taxotere® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do docetaxel anidro genérico Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Docelibbs® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do medicamento Docetere® Acesso em: 16/04/2018.</ref> <ref>Bula do profissional do docetaxel tri-hidratado genérico Acesso em: 16/04/2018.</ref>

O SUS disponibiliza este medicamento na oncologia?

Sim, o SUS disponibiliza este medicamento para o tratamento dos carcinomas de mama, de pulmão de células não pequenas, ovário, cabeça e pescoço.

A Portaria nº 1.008, de 30 de setembro de 2015, que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) do Carcinoma de Mama cita o docetaxel como uma opção de tratamento adjuvante ou paliativo do câncer de mama. A Portaria nº 957 de 26 de setembro de 2014 que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Pulmão cita o medicamento docetaxel como uma das opções terapêuticas na quimioterapia paliativa. Neste protocolo é apresentado terapias para diferentes tipos de câncer de pulmão, entre eles o carcinoma de pulmão de células não pequenas.

A Portaria no 458, de 21 de maio de 2012, que aprova as DDT da neoplasia maligna epitelial de ovário cita o uso de quimioterápicos à base de taxano e composto de platina na quimioterapia prévia (neoadjuvante ou citorredutora) por 3 a 6 ciclos seguidos de cirurgia para citorredução máxima, no caso de resposta tumoral ao esquema quimioterápico empregado na neoadjuvância e, na terapia adjuvante por 6 ciclos para pacientes com cirurgia prévia. No entanto, apesar de citar a classe dos taxanos, o protocolo não cita o medicamento docetaxel.

O medicamento docetaxel é uma das opções terapêuticas citadas na Portaria nº 498 de 11 de maio de 2016, que aprova as DDT do Adenocarcinoma de Próstata. Sendo sugerido o uso de quimioterapia paliativa concomitante à hormonioterapia como primeira linha terapêutica do câncer de próstata recém-diagnosticado, em pacientes sintomáticos e com grande volume tumoral. Em pacientes assintomáticos, a quimioterapia é considerada experimental, restrita a ensaios clínicos.

A Portaria nº 516 de 17 de junho de 2015, que aprova as DDT do câncer de cabeça e pescoço, cita o medicamento docetaxel como uma das opções terapêuticas, a ser utilizada em combinação com derivados da platina ( cisplatina ou carboplatina ) na quimioterapia prévia por dois ou três ciclos, sendo seguida de radioterapia isolada ou poliquimioterapia em pacientes responsivos ao tratamento sistêmico. No entanto, as combinações contendo docetaxel ou paclitaxel, resultam em maior toxicidade clínica se comparado aos tratamentos com cisplatina e fluoropirimidina. Também sendo indicado como monoterapia na doença recidivada ou metastática.

Entretanto, a disponibilização do medicamento dependerá do protocolo de cada instituição que realiza o tratamento oncológico.

Não, o SUS não disponibiliza este medicamento para o tratamento do carcinoma gástrico.

O medicamento docetaxel não é citado como uma das opções terapêuticas citadas na Portaria nº 505 de 06 de maio de 2013, que aprova as DDT do Adenocarcinoma de Estômago. Nestas diretrizes a quimioterapia é considerada em associação a radioterapia para determinados estágios clínicos. Sendo sugerido o uso de quimioterapia paliativa concomitante à hormonioterapia como primeira linha terapêutica do câncer de próstata recém-diagnosticado, em pacientes sintomáticos e com grande volume tumoral. Em pacientes assintomáticos, a quimioterapia é considerada experimental, restrita a ensaios clínicos, citando como opções a fluorouracila, epirrubicina, cisplatina e seus similares. No entanto, nenhum esquema exclusivo de quimioterapia foi definido como mais benéfico, devendo a tolerabilidade ser avaliada de acordo com o estado geral do paciente. Entretanto, a disponibilização do medicamento dependerá do protocolo de cada instituição que realiza o tratamento oncológico.

Referências

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• As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.