Tomografia de Coerência Óptica (OCT)

De ceos
Revisão de 21h41min de 18 de setembro de 2018 por Autor (Discussão | contribs) (Incorporação no SUS)
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A tomografia de coerência óptica (OCT) é um exame capaz de ver detalhadamente (em três dimensões) a retina e o nervo óptico. Também possibilita a obtenção de cortes ópticos seccionais da estrutura da retina.
É indicado no diagnóstico de alterações retinianas, como na retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e buraco macular. Este aparelho oferece um grande benefício aos pacientes com glaucoma, sendo o mais avançado em diagnóstico e controle da progressão desta doença. Também, no glaucoma, ajuda no detalhamento do estudo da papila óptica e da camada de fibras nervosas.

Em que consiste o exame

A OCT é um exame não invasivo que utiliza as propriedades da interferometria para análise da região macular. Através da reflexão da luz por parte da parede ocular uma câmera capta as imagens, e um software as analisa, gerando cortes ópticos de alta resolução. Este exame, além de avaliar a anatomia da região macular e identificar a presença de líquido intra- e subrretiniano, permite quantificar o aumento da espessura retiniana (edema macular) e monitorar o tratamento.

Indicações Clínicas

a) Doenças da retina:  Edema macular cistoide;  Edema macular diabético;  Buraco macular;  Membrana neovascular sub-retiniana (que pode estar presente em Degeneração Macular Relacionada à Idade, estrias angioides, alta miopia, tumores oculares, etc.);  Membrana epirretiniana;  Distrofias retinianas. b) Doenças do nervo óptico:  Glaucoma;  Edema de papila óptica. c) Doenças do segmento anterior:  Edema de córnea;  Distrofias corneanas;  Glaucoma de ângulo fechado;

 Tumores de íris.

Incorporação no SUS

A PORTARIA N.º 26, de 12 de junho de 2013, tornou pública a decisão de incorporar o procedimento tomografia de coerência óptica para utilização em casos de doenças da retina no Sistema Único de Saúde (SUS).
Entretanto, este exame ainda não consta na Tabela SUS, que é gerenciada pelo Ministério da Saúde (MS). Assim, as unidades públicas estaduais ainda não podem disponibilizar o exame, pois não há como ser reembolsada pelo MS.

Alternativas disponíveis no SUS

A retinografia fluorescente (angiografia fluoresceínica) também é preconizada na avaliação do paciente com DMRI exsudativa. Consiste na aplicação de corante (fluoresceína) via endovenosa seguida da documentação fotográfica com filtros especiais após a estimulação luminosa.

Fontes

CONITEC. TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA PARA AVALIAÇÃO DE DOENÇAS DA RETINA. Relatório n. 23. Acessado em: 18/09/2018
Ministério da Saúde. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA COM A IDADE (FORMA NEOVASCULAR). Consulta Pública. Acessado em: 18/09/2018
NATS/UFMG. Tomografia de Coerência Óptica. RT 82/2017. Acessado em: 18/09/2018