Polivitamínico e polimineral

De ceos
Revisão de 13h22min de 30 de julho de 2014 por Autor (Discussão | contribs) (Criou página com '==Classe terapêutica== Suplemento alimentar ==Nomes comerciais== Accuvit, Beminal, Beroccal, Centrum, Clusivol, Dorical, Fosfocaps, Geriavite, Gerilon, Memoriol, Neurotôn...')
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para: navegação, pesquisa

Classe terapêutica

Suplemento alimentar

Nomes comerciais

Accuvit, Beminal, Beroccal, Centrum, Clusivol, Dorical, Fosfocaps, Geriavite, Gerilon, Memoriol, Neurotônico, Nutrimaiz, Organoneuro, Pharmaton, Poliplex, Protovit, Rarical, Repitelin, Supledin, Suplevit, Supradyn, Teragran, Triotônico, Vitforte, Vitergan, Vidyn

Principais informações

O suplemento vitamínico-mineral é tem por objetivo repor as deficiências vitamínico-minerais do organismo, algumas vezes associados com o stress fisiológico, tais como cansaço, redução da capacidade de concentração, combate aos radicais livres, carências de vitaminas e minerais, enfraquecimento da memória, esgotamento com depressão, problemas circulatórios <ref>[1] Bula do medicamento</ref>.

A análise nutricional de uma alimentação, realizada pelo nutricionista, permite avaliar se as recomendações estabelecidas para os diversos nutrientes estão sendo atingidas. Se não estiverem, o nutricionista sugere ajustes e modificações nos hábitos alimentares considerando o estilo de vida, o estado de saúde e vários outros fatores. Concomitantemente, podem ser feitas análises laboratoriais para investigação da deficiência de determinados nutrientes, e sendo constatada tal deficiência, o médico prescreve a suplementação para uso temporário em conjunto com a reeducação alimentar. Esse é o caminho coerente e seguro. É preciso saber o que nosso corpo precisa para funcionar em equilíbrio, em quais quantidades e onde naturalmente podemos encontrar, ou seja, em quais alimentos <ref>[2] FERNANDES, M. Nutrição – Ponto de vista. Suplementos alimentares</ref>.

Um suplemento em nenhum momento (salvo em pessoas debilitadas e incapacitadas de se alimentar) substitui uma alimentação saudável e não deve ser utilizado da forma indiscriminada. Com uma alimentação saudável, a suplementação vitamínica torna-se desnecessária <ref>[3] FERNANDES, M. Nutrição – Ponto de vista. Suplementos alimentares</ref>.

Estudos importantes com suplementação prolongada de betacaroteno mostraram aumento do risco de câncer de pulmão. É importante notar que apesar dessas evidências, o consumo de alimentos ricos em carotenóides em estudos dietéticos apresentou-se como forte aliado na proteção contra o câncer de pâncreas. Evidências demonstraram também aumento do risco de outros cânceres, como o de próstata com a suplementação de vitamina E em altas doses. Um estudo realizado em 2011 indicou um aumento de 17% no risco de câncer de próstata nos homens que tomaram altas doses de vitamina E em relação ao grupo controle que usava placebo <ref>[4] GARÓFOLO, A. Uso indiscriminado de suplementos e câncer. Favorável ou prejudicial à saúde?</ref>.

Outra pesquisa realizada em mulheres revela que não é necessário tomar multivitamínicos e mostra, inclusive, que eles aumentam levemente o risco de mortalidade. Ensaio clínico em mulheres Suecas que faziam suplementação com multivitamínicos por 10 anos mostrou aumento de 19% no risco de câncer de mama <ref>[5] GARÓFOLO, A. Uso indiscriminado de suplementos e câncer. Favorável ou prejudicial à saúde?</ref>.

Em 2007, pesquisadores estabeleceram um vínculo entre um maior risco de diabetes em adultos e o consumo de suplementos de selênio <ref>[6] GARÓFOLO, A. Uso indiscriminado de suplementos e câncer. Favorável ou prejudicial à saúde?</ref>.

Por essas razões, a suplementação com combinação de vitaminas e minerais na dieta necessita de mais estudos. Outros ensaios clínicos devem ser realizados, utilizando as doses dietéticas recomendadas, levando em consideração outros aspectos, como estado nutricional, comportamento alimentar, prática de atividades físicas, estilo de vida, diferenças genéticas das pessoas e diferenças na composição dos multivitamínicos (corantes, concentração dos nutrientes) <ref>[7] GARÓFOLO, A. Uso indiscriminado de suplementos e câncer. Favorável ou prejudicial à saúde?</ref>.


Informações sobre o medicamento/alternativas

Suplemento vitamínico-mineral não é integrante da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2012, e por não estar padronizado nos programas do Ministério da Saúde, cumpre ser informado que não é fornecido pelo Estado. No entanto, alguns municípios o incluíram em sua Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) e o fornecem. Deve-se consultar a Secretaria Municipal de Saúde para verificar a disponibilidade desse medicamento. Se houver, sua aquisição e distribuição são responsabilidades do município, o qual recebe recursos financeiros das três esferas em gestão.

Referências

<references>