Hormônios femininos para menopausa

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Classe terapêutica

Hormônios sexuais femininos para reposição hormonal na menopausa

Nomes comerciais

Totelle (estradiol+trimegestona), Colpotrofine (Promestrieno), Suprema (Estradiol + Noretisterona), System Conti (acetato de noretisterona + estradiol), Tibolona (tibolona)

Principais informações

A menopausa é uma fase da vida em que as gônadas femininas cessam a produção de estrogênio e ocorre então o último sangramento cíclico. O hipoestrogenismo que ocorre nesta etapa altera consideravelmente o organismo, deixando as mulheres vulneráveis aos distúrbios causados pela deficiência de estrógenos. Esta diminuição dos níveis hormonais pode gerar alterações ginecológicas e extra-ginecológicas. Uma das maneiras mais comuns utilizadas atualmente para controle desta oscilação hormonal é o uso da terapia de reposição hormonal, à qual já foram agregados diversos riscos e benefícios para a sua utilização <ref> Grings, AC et al. Riscos e Benefícios da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) em mulheres na menopausa. RBAC, vol. 41(3): 229-233, 2009 </ref>.

Um estudo - o WHI (Women Health Initiative) - incluiu mais de 160 mil mulheres pós-menopausadas, com idades entre 50 e 79 anos, no período de 1993 a 1998. As participantes foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos: o primeiro recebeu uma combinação de estrógeno e progesterona, em doses mais altas do que as empregadas nos dias de hoje. O segundo recebeu placebo, comprimido inerte, mas de aspecto idêntico ao da reposição. O formato do estudo era em duplo-cego, isto é, médicos e pacientes desconheciam a composição dos comprimidos ingeridos. O trabalho estava planejado para terminar em 2005, mas foi encerrado três anos antes em virtude de um aumento significante de casos de câncer de mama, infartos do miocárdio, derrames cerebrais e embolias pulmonares nas mulheres submetidas à reposição. Mostrou, ainda, que a reposição reduziu o número de fraturas ósseas provocadas por osteoporose e, curiosamente, a incidência de câncer do intestino <ref> Varela, Drauzio. REPOSIÇÃO HORMONAL: CONTINUAR OU DESCONTINUAR? </ref>.

A decisão de indicar ou contraindicar reposição hormonal é complexa. Deve levar em conta as expectativas da mulher e ser tomada por um médico bem informado, para ajudá-la a escolher o melhor caminho <ref> Varela, Drauzio. REPOSIÇÃO HORMONAL: CONTINUAR OU DESCONTINUAR? </ref>.

Informações sobre o medicamento/alternativas

Os medicamentos com nomes comerciais acima referidos não estão padronizados em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que os medicamentos referidos, por não estarem padronizados, não são fornecidos pelo Estado.

Para reposição hormonal no tratamento dos sintomas da menopausa, o SUS oferece estrogênios conjugados, nas concentrações 0,3mg comprimidos e 0,625mg/g creme vaginal, e Estriol 1mg/g em creme vaginal. Estes medicamentos são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2013. A aquisição e distribuição deste medicamento é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão. Estes medicamentos possuem a mesma indicação terapêutica do medicamento solicitado.

Referências

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