Curativos

De ceos
Revisão de 22h02min de 16 de outubro de 2014 por Autor (Discussão | contribs) (Abordagens necessárias para a escolha do curativo adequado)
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Avaliação da ferida influencia diretamente na escolha do curativo

Avaliar e documentar a evolução da ferida é imprescindível para se determinar o tratamento apropriado para cada caso. Esta avaliação e documentação deve ser realizada de forma sistemática, desde a ocorrência da lesão até sua completa resolução.

Conforme extensa literatura disponível sobre feridas, como o processo cicatricial evolui constantemente, certos curativos podem deixar de ser a melhor indicação após alguns dias. O acompanhamento adequado é fundamental e deve ser feito por pessoa capacitada. Além disso, os pacientes podem reagir de forma totalmente diferente, mesmo apresentando feridas semelhantes.

O profissional de saúde, capacitado, deve acompanhar com precisão as alterações da ferida a fim de tomar decisão de tratamento baseado nas condições avaliadas.

Abordagens necessárias para a escolha do curativo adequado

- elaboração de um histórico detalhado do quadro clínico do paciente: descrevendo a data de início da ferida, evolução, tratamentos já realizados;

- exame subjetivo:

- medições da ferida: Local, Tamanho e Profundidade;

- características do leito da ferida: tais como tecido necrótico, tecido de granulação ou infecção;

- condição da pele periférica: normal, edemaciada, esbranquiçada, brilhante, morna, vermelha, seca, escamando, fina;

- Drenagem: Tipo da secreção

    1. serosa: é plasmático
    2. Aquoso
    3. transparente: normalmente presente em lesões limpas
    4. sanguinolenta:lesão vascular
    5. purulenta:é o resultado de leucócitos e microorganismos vivos ou mortos, apresentando coloração que pode variar entre amarelo, verde ou marrom de acordo com o agente infeccioso;

- Quantidade da secreção: baixo, moderado, alto;

- Coloração da ferida:

    1. vermelho: tecido de granulação
    2. amarelo: há grande quantidade de material fibrótico e outros componentes oriundos da degradação célula;

- Odor;

- Consistência;

- temperatura local;

- Circunferência do membro;

- queixas de dor no local.

Feridas Crônicas

As feridas crônicas distinguem-se por não seguirem o processo dinâmico e fisiológico da cicatrização, resultando numa descoordenação multi-sequencial que perturba a recuperação da integridade anatômica e funcional no intervalo de tempo normal (6 semanas). O diagnóstico diferencial das feridas crônicas é amplo, destacando-se como principais causas, a insuficiência venosas crônica dos membros inferiores, as alterações vasculares e neuropáticas periféricas associadas à Diabetes mellitus e as úlceras relacionadas com mecanismos de pressão.

Cicatrização

Deve-se frisar que, para a resolução de uma ferida o organismo e a área cruenta devem ter condições favoráveis. As condições clínicas desfavoráveis devem ser sanadas ou melhoradas para que se possa facilitar e acelerar a evolução natural do processo de cicatrização da ferida. Os distúrbios sistêmicos estão relacionados com as condições gerais do individuo, que influenciam no tempo e na qualidade da cicatrização (BORGES et al., 2008). Dentre outros fatores que influenciam no processo de cicatrização, destacamos a idade do indivíduo, a obesidade, oxigenação do local da ferida (irrigação sanguinea), efeitos adversos de outros medicamentos, tabagismo, estresse/ansiedade e o estado nutricional.

Referência