Fampridina
Índice
Classe terapêutica
Bloqueador do canal de potássio
Nomes comerciais
Fampyra
Principais informações
Fampridina é indicada no tratamento de incapacidade de deambulação em pacientes com esclerose múltipla. Esse medicamento impede a saída de potássio das células nervosas que foram sanificadas pela esclerose múltipla. Facilita a passagem dos sinais pelos nervos, o que permite uma melhora na capacidade de andar [1].
Este medicamento é contraindicado em menores de 18 anos, pacientes que tiveram episódios de convulsão, problemas renais graves, pacientes que utilizam cimetidina ou outro medicamento que contenha fampridina[2].
No estudo de fase III, de Goodman e colaboradores, publicado no The Lancet, aproximadamente 35% dos pacientes tratados obtiveram melhora na capacidade de caminhar. Em média, os pacientes definidos como respondedores à medicação apresentaram melhora de 25% na velocidade de caminhada, medida por meio do Teste de caminhada cronometrada de 25 pés ou por 7,62 metros[iv]. No segundo estudo dos mesmos autores, publicado no Annals of Neurology, os resultados demonstraram que 43% dos pacientes no grupo de fampridinaF responderam ao tratamento em comparação com 9,3% no grupo que recebeu placebo <ref> [1] Nova terapia melhora a capacidade de caminhar em pacientes com esclerose múltipla<ref>.
Informações sobre o medicamento/alternativas
Fampridina não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério a Saúde. O medicamento não constitui um tratamento para a doença Esclerose Múltipla, mas sim para melhorar umas das conseqüências desta doença autoimune que é a dificuldade para caminhar. A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal e que interfere na capacidade do cérebro e da medula espinhal para controlar funções, como caminhar, enxergar, falar, urinar e outras.
Não existem alternativas disponibilizadas pelo SUS que possuam efeito diretamente na capacidade de deambulação de pacientes com esclerose múltipla. Até o momento, para o tratamento da esclerose múltipla (CID 10 G35), a SES/SC disponibiliza os medicamentos betainterferona 1b 9.600.000 UI (frasco-ampola 300mcg), 1a 6.000.000 UI (seringa preenchida 22mcg), 1a 6.000.000 UI (frasco-ampola ou seringa preenchida 30mcg), 1a 12.000.000 UI (seringa preenchida 44mcg); glatirâmer 20mg (frasco-ampola ou seringa preenchida); natalizumabe 300mg (frasco-ampola) e azatioprina 50mg (comprimido), através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, segundo critérios estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde.
Em 30 de agosto de 2014, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) do fingolimode, um novo medicamento de uso oral para o tratamento de esclerose múltipla. A incorporação do fingolimode representou uma conquista para os pacientes que passarão a contar com toda a linha de tratamento no SUS. A estimativa é que o novo medicamento esteja disponível na rede pública de saúde a partir de janeiro de 2015. Para receber o medicamento, o paciente deve ter apresentado resistência ou não ter apresentado resposta aos tratamentos com o betainterferona e glatirâmer e a impossibilidade do uso de natalizumabe, além de não apresentar contraindicação ao uso de fingolimode.