Fampridina

De ceos
Revisão de 12h24min de 13 de novembro de 2014 por Autor (Discussão | contribs) (Principais informações)
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Classe terapêutica

Bloqueador do canal de potássio

Nomes comerciais

Fampyra

Principais informações

Fampridina é indicada no tratamento de incapacidade de deambulação em pacientes com esclerose múltipla. Esse medicamento impede a saída de potássio das células nervosas que foram sanificadas pela esclerose múltipla. Facilita a passagem dos sinais pelos nervos, o que permite uma melhora na capacidade de andar <ref> [1] Fampridina</ref>.

Este medicamento é contraindicado em menores de 18 anos, pacientes que tiveram episódios de convulsão, problemas renais graves, pacientes que utilizam cimetidina ou outro medicamento que contenha fampridina<ref> [2] Fampridina</ref>.

No estudo de fase III, de Goodman e colaboradores, publicado no The Lancet, aproximadamente 35% dos pacientes tratados obtiveram melhora na capacidade de caminhar. Em média, os pacientes definidos como respondedores à medicação apresentaram melhora de 25% na velocidade de caminhada, medida por meio do Teste de caminhada cronometrada de 25 pés ou por 7,62 metros. No segundo estudo dos mesmos autores, publicado no Annals of Neurology, os resultados demonstraram que 43% dos pacientes no grupo de fampridina responderam ao tratamento em comparação com 9,3% no grupo que recebeu placebo <ref> [3] Nova terapia melhora a capacidade de caminhar em pacientes com esclerose múltipla</ref>.


Informações sobre o medicamento/alternativas

Fampridina não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério a Saúde. O medicamento não constitui um tratamento para a doença Esclerose Múltipla, mas sim para melhorar umas das conseqüências desta doença autoimune que é a dificuldade para caminhar. A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal e que interfere na capacidade do cérebro e da medula espinhal para controlar funções, como caminhar, enxergar, falar, urinar e outras.

Não existem alternativas disponibilizadas pelo SUS que possuam efeito diretamente na capacidade de deambulação de pacientes com esclerose múltipla. Até o momento, para o tratamento da esclerose múltipla (CID 10 G35), a SES/SC disponibiliza os medicamentos betainterferona 1b 9.600.000 UI (frasco-ampola 300mcg), 1a 6.000.000 UI (seringa preenchida 22mcg), 1a 6.000.000 UI (frasco-ampola ou seringa preenchida 30mcg), 1a 12.000.000 UI (seringa preenchida 44mcg); glatirâmer 20mg (frasco-ampola ou seringa preenchida); natalizumabe 300mg (frasco-ampola) e azatioprina 50mg (comprimido), através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, segundo critérios estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde.

Em 30 de agosto de 2014, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) do fingolimode, um novo medicamento de uso oral para o tratamento de esclerose múltipla. A incorporação do fingolimode representou uma conquista para os pacientes que passarão a contar com toda a linha de tratamento no SUS. A estimativa é que o novo medicamento esteja disponível na rede pública de saúde a partir de janeiro de 2015. Para receber o medicamento, o paciente deve ter apresentado resistência ou não ter apresentado resposta aos tratamentos com o betainterferona e glatirâmer e a impossibilidade do uso de natalizumabe, além de não apresentar contraindicação ao uso de fingolimode.


Referências

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