Zolpidem, hemitartarato

De ceos
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Classe terapêutica

Indutor do sono não benzodiazepínico

Nomes comerciais

Stilnox, Lioram, Noctiden, Zylinox, Patz, Insonox

Principais informações

O zolpidem age sobre os centros do sono que estão localizados no cérebro. Por isso, o médico o prescreve para o tratamento da insônia, isto é, para aquelas pessoas que têm dificuldade em adormecer ou permanecer adormecidas.

O zolpidem é um agente hipnótico pertencente ao grupo das imidazopiridinas. Estudos experimentais demonstraram que zolpidem promove um efeito sedativo em doses muito inferiores àquelas necessárias para obtenção de um efeito anticonvulsivante, relaxante muscular ou ansiolítico. Esses efeitos são devidos a uma atividade agonista seletiva sobre um receptor GABA-ÔMEGA, que modula a abertura do canal de cloro. No homem, zolpidem encurta o tempo de indução ao sono, reduz o número de despertares noturnos e aumenta a duração total do sono, melhorando sua qualidade. Esses efeitos estão associados a um perfil eletroencefalográfico específico, diferente daquele observado com as benzodiazepinas. Estudos em laboratório de sono mostraram que zolpidem prolonga o estágio II do sono bem como os estágios de sono profundo (III e IV). Na dosagem recomendada, o zolpidem não possui efeito sobre a duração total do sono paradoxal (fase REM) <ref> [1] Bula do Medicamento </ref>.

Zolpidem é bem tolerado e está muito pouco associados à ocorrência de tolerância e à dependência ao uso prolongado, diferentemente dos benzodiazepínicos (como diazepam e clonazepam), onde o tratamento por um prazo de tempo maior do que quatro semanas pode aumentar o risco de dependência. Estudos em mais de 6.500 pacientes com o uso do zolpidem na dose de 10 mg/dia, por três a cinco noites por semana, mostraram melhora significativa da insônia e limitaram o padrão de uso noturno inapropriado, sem aparecimento de habituação, insônia rebote, ou sintomas residuais diurnos significativos <ref> Poyares, D. et al. Hipnoindutores e insônia. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.27 suppl.1 São Paulo May 2005 </ref>.

Informações sobre o medicamento/alternativas

O medicamento zolpidem não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que o medicamento referido, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado.

Como alternativa terapêutica, o SUS oferece os medicamentos amitriptilina, clomipramina, nortriptilina e fluoxetina (antidepressivos); haloperidol e clorpromazina (antipsicóticos); clonazepam e diazepam (benzodiazepínicos ansiolíticos), pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2014. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.

Os benzodiazepínicos (diazepam, clonazepam) estão entre as drogas mais prescritas mundialmente para o tratamento da insônia. Alguns antidepressivos (como por exemplo, a amitriptilina) apresentam efeito sedativo importante que tem sido explorado no tratamento da insônia, especialmente quando associada ao transtorno de depressão. O aumento do uso de andidepressivos sedativos no tratamento da insônia crônica pode também refletir, em parte, seu perfil para uso prolongado, além de poder resultar, em parte, da alta incidência de sintomas depressivos entre os insones. As medicações antipsicóticas também têm sido indicadas como ansiolíticos ou sedativos em pacientes com grande risco de desenvolver dependência a benzodiazepínicos. Porém, existem poucas evidências, mesmo que empíricas, para o tratamento das insônias crônicas com antipsicóticos <ref> Poyares, D. et al. Hipnoindutores e insônia. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.27 suppl.1 São Paulo May 2005 </ref>.

Referências

<references/>