Transplante ósseo

De ceos
Ir para: navegação, pesquisa

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, tem uma fila que atende a pacientes do Brasil que necessitam de Tecido Ósseo.

Ele é o responsável pela captação, processamento e distribuição de osso, tendões e meniscos para utilização em cirurgias de transplantes na área da ortopedia e odontologia. Possui equipes preparadas para realizar captações 24 horas por dia, 365 dias do ano.

O Banco de ossos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) iniciou suas atividades oficialmente em setembro de 2002. Está instalado nas dependências da Área de Transplantes de Multitecidos (ATMIT - INTO), área que compreende 3 bancos: osso, pele e olho. Atua seguindo os padrões internacionais e nacionais, sendo a única instituição de captação, processamento e distribuição de tecidos músculoesqueléticos no Estado.

Após a retirada dos ossos, como é realizada sua preparação para o transplante?

Os ossos são encaminhados para o Banco de Tecidos do Into, onde são processados em uma área especial, com ar totalmente puro para evitar contaminação por bactérias e vírus. Depois disso, são armazenados a uma temperatura de -80ºC, podendo ser guardados por até cinco anos. O Banco de Tecidos do Into possui capacidade de armazenar ossos de mais de 50 doadores - com nível de segurança semelhante ao dos principais bancos de ossos do mundo -, e controle de qualidade em todos os estágios do processo.

Como os ossos são disponibilizados para os pacientes que precisam de transplante?

Quando um paciente precisa de transplante ósseo, seu médico preenche uma solicitação para que o Banco de Tecidos o inclua em sua fila. A disponibilização dos ossos para transplante segue a ordem cronológica dessa fila. Portanto, a doação não pode ser feita para um paciente específico, a menos que este seja o próximo da fila a receber o transplante.

Existe algum custo para o doador ou para o receptor?

Não. Todo o processo realizado pelo Banco de Tecidos do Into é gratuito, incluindo a captação, o processamento e a distribuição dos ossos. Não há custo para as famílias do doador e do receptor.

Como funciona o processo de doação?

Visando a aumentar o número de doações, quem estiver com parente hospitalizado e que venha a falecer, deve solicitar ao profissional de saúde que acompanha o caso que comunique à Central de Transplante do Rio de Janeiro. O Into, então, será acionado. Os telefones do programa são: 155 (Estado do Rio de Janeiro) e 08002857557 (outros Estados). Feita a notificação, um funcionário do programa vai até o hospital e faz uma avaliação sobre a possibilidade da doação, que inclui a realização de um questionário de triagem sobre o possível doador. Após aprovação, o Banco de Tecidos é informado e desloca sua equipe para a unidade de saúde.

Quem pode doar?

Pessoas com idade entre 18 e 70 anos, que não tenham sido vítimas de câncer ósseo, osteoporose ou doenças infecciosas transmitidas através do sangue (como hepatite, AIDS, malária). Também não é permitido doar quem, há menos de um ano, possui tatuagem, fez uso prolongado de corticóides, acupuntura ou recebeu transfusão sanguínea. É muito importante que os futuros doadores expressem, em vida, sua vontade de doar ossos já que, após confirmação do falecimento, a autorização é dada pela família.

Existe risco da retirada de ossos, estando o paciente ainda vivo?

Não. A doação só pode ser feita depois de confirmada a morte do doador, sendo ela encefálica ou cardíaca, com o consentimento da família. Quais pacientes podem precisar de um transplante ósseo?

Aqueles que apresentem perdas ósseas decorrentes de tumores, trocas de próteses e traumatismo, além de pacientes portadores de deformidades congênitas e de coluna, problemas odontológicos, etc.

Você sabe quantas pessoas podem ser beneficiadas em uma doação de ossos?

Os ossos retirados de um doador, após seu falecimento, podem beneficiar aproximadamente 30 pessoas.

Fila de Espera[editar]

A fila do Into é dinâmica, na qual todos os dias ingressam novos pacientes via sistemas estadual (SER) e municipal de regulação (Sisreg), além da Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC).