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==Classe terapêutica==
 
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Expectorante e mucolítico.
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[[Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC)]] - R05CB03
  
 
==Nomes comerciais==
 
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Mucolitic, Mucofan, Mucoflux, Mucolab, Mucotoss.
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Broncovit, Carbocin, Carbofan, Carbotrat, Fluilitic, Fluitoss, Mucobronq, Mucocistein, Mucofan, Mucoflux, Mucolab, Mucolitic, Mucolix, Mucotoss, Santóss
 
 
==Principais informações==
 
 
 
As doenças obstrutivas das vias respiratórias, como a bronquite crônica, a fibrose cística e o enfisema, embora apresentem grandes diferenças etiológicas e epidemiológicas, possuem uma importante característica em comum, que é o aumento da secreção brônquica, em algum estágio da doença. Esta secreção, devido às suas propriedades bioquímicas e físicas alteradas, não é eliminada pelos mecanismos mucociliares e pela tosse, determinando a necessidade de uma remoção terapêutica <ref>BROWN, D.T. Carbocysteine. Drug Intell Clin Pharm 22:603-8, 1988</ref>.
 
 
 
A carbocisteína ajuda a diminuir a produção de secreções respiratórias e torna as secreções menos espessas, facilitando sua eliminação pelo organismo. É indicada para auxiliar no tratamento de problemas respiratórios, quando há um excesso de secreções que podem piorar o estado do paciente <ref>[http://cdn-1.consultaremedios.com.br/bulas/novas/carbocisteina%20ems%20gts.pdf] Bula do medicamento</ref>.
 
  
O exato mecanismo de ação da carbocisteína ainda não foi totalmente elucidado. No entanto, sua ação, parece estar relacionada à regulação da viscosidade das secreções mucosas do trato respiratório. Estudos em animais e em humanos demonstram que a carbocisteína altera a síntese das glicoproteínas do muco, aumentando, proporcionalmente, a produção de sialoglicoproteínas, o que torna a secreção mais fluida, e assim melhora a depuração mucociliar, tornando a tosse mais efetiva <ref>[http://cdn-1.consultaremedios.com.br/bulas/novas/carbocisteina%20ems%20gts.pdf] Bula do medicamento</ref>.
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==Indicações==
  
Seis estudos envolvendo 497 participantes foram realizados com o objetivo de avaliar a eficácia e segurança, e estabelecer uma relação benefício-risco da acetilcisteína e carbocisteína como tratamentos sintomáticos para infecções agudas do trato respiratório superior e inferior. Acetilcisteína e carbocisteína pareceram ter eficácia limitada e é segura em crianças maiores de dois anos <ref> [http://www.epistemonikos.org/pt/documents/1d64ffdec9aa0f02b2a868572974847d25314bd1]  CHALUMEAU, M.; DUIJVESTIJN, CM. Acetilcisteína e carbocisteína para infecções do trato respiratório superior e inferior agudas em pacientes pediátricos sem doença bronco-pulmonar crônica</ref>.
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O medicamento [[carbocisteína]] é indicado, em terapia adjuvante, como mucolítico e fluidificante das secreções, nas afecções agudas ou crônicas do trato respiratório, onde a presença de secreção viscosa e/ou abundante seja um fator agravante. <ref> [http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=25382952016&pIdAnexo=4050075 Bula do medicamento] Acesso em: 01/12/2016 </ref>
  
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==Informações sobre o medicamento==
  
==Informações sobre o medicamento/alternativas==
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'''O medicamento [[carbocisteína]] não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais ([[RENAME]]) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).'''
  
A [[carbocisteína]] não está padronizada em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser fornecida e não há alternativa terapêutica disponível no momento.  
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A [[RENAME]] contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o Art. 33 do [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8065.htm Decreto nº 8.065/2013], a atualização da [[RENAME]] compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – [[CONITEC]], a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.  
  
Para o tratamento de '''hipersecreção densa e viscosa decorrente de Fibrose Cística''' (CID 10: E84.0, E84.8) o SUS disponibiliza [[alfadornase]] por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, o qual busca prover a integralidade de tratamento no âmbito do sistema. Esse Componente é regulamentado pela [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pt_gm_ms_1554_2013.pdf Portaria nº 1554 de 30 de julho de 2013] e [http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=7242&Itemid=85 Anexos da Portaria nº 1554 de 30 de julho de 2013].
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Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.
  
O Protocolo Clínico dessa doença está regulamentado por meio da Portaria SAS/MS nº 224, de 10 de maio de 2010. (Retificada em 27.08.10)<ref>[http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_fibrose_cistica_manif_pulm_livro_2010.pdf]</ref>, onde se observa as diretrizes terapêuticas de tratamentos da Fibrose Cística - Manifestações Pulmonares.
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Entretanto, cabe salientar que o SUS disponibiliza diversos medicamentos, que não necessariamente compõem a mesma classe farmacológica, mas possuem indicação para mesma patologia. Estão disponíveis no SUS, os seguintes medicamentos:<ref>[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/formulario_terapeutico_nacional_2010.pdf Os medicamentos informados foram sugeridos com base no Formulário Terapêutico Nacional (2010) e Rename (2014)]</ref>
  
Segundo tal norma, editada em consenso por todos os entes políticos da federação, cabe às SES programar o quantitativo de todos os medicamentos que fazem parte desse Componente e:
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*[[Guaco (Mikania glomerata Spreng.)]] - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
  
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Além dos medicamentos citados acima, deverá ser consultada a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais de cada município, pois conforme o Art. 27, §1º, do [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/D7508.htm Decreto n. 7.508/2011], os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.
<LI>À União cabe financiar, adquirir e distribuir aos Estados os medicamentos do Grupo 1A. Por
 
sua vez, aos Estados cabe dispensar os medicamentos do Grupo 1A à população.</LI>
 
<LI>À União cabe financiar os medicamentos do Grupo 1B, cabendo às SES adquirir e dispensar à
 
população os medicamentos do Grupo 1B.</LI>
 
<LI>Aos Estados cabe financiar, adquirir e dispensar à população os medicamentos do Grupo 2.
 
Aos Municípios cabe financiar, conjuntamente com a União e Estados, adquirir e dispensar à  
 
população os medicamentos do Grupo 3, os quais estão inseridos no Componente Básico da
 
Assistência Farmacêutica.</LI>
 
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O medicamento [[alfadornase]] pertence ao grupo 1B.
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É importante ressaltar que para qualquer substituição de medicamento, é imprescindível que se tenha o consentimento do médico assistente.  
  
 
==Referências==
 
==Referências==
 
<references>
 
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Edição das 15h56min de 1 de dezembro de 2016

Classe terapêutica

Expectorantes balsâmicos e mucolítico

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - R05CB03

Nomes comerciais

Broncovit, Carbocin, Carbofan, Carbotrat, Fluilitic, Fluitoss, Mucobronq, Mucocistein, Mucofan, Mucoflux, Mucolab, Mucolitic, Mucolix, Mucotoss, Santóss

Indicações

O medicamento carbocisteína é indicado, em terapia adjuvante, como mucolítico e fluidificante das secreções, nas afecções agudas ou crônicas do trato respiratório, onde a presença de secreção viscosa e/ou abundante seja um fator agravante. <ref> Bula do medicamento Acesso em: 01/12/2016 </ref>

Informações sobre o medicamento

O medicamento carbocisteína não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A RENAME contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o Art. 33 do Decreto nº 8.065/2013, a atualização da RENAME compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC, a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.

Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.

Entretanto, cabe salientar que o SUS disponibiliza diversos medicamentos, que não necessariamente compõem a mesma classe farmacológica, mas possuem indicação para mesma patologia. Estão disponíveis no SUS, os seguintes medicamentos:<ref>Os medicamentos informados foram sugeridos com base no Formulário Terapêutico Nacional (2010) e Rename (2014)</ref>

Além dos medicamentos citados acima, deverá ser consultada a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais de cada município, pois conforme o Art. 27, §1º, do Decreto n. 7.508/2011, os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.

É importante ressaltar que para qualquer substituição de medicamento, é imprescindível que se tenha o consentimento do médico assistente.

Referências

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