Mudanças entre as edições de "Internação Compulsória por Tuberculose"

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'''As estratégias para adesão ao tratamento e abordagem centrada na pessoa com tuberculose na Atenção Primária à Saúde'''
 
'''As estratégias para adesão ao tratamento e abordagem centrada na pessoa com tuberculose na Atenção Primária à Saúde'''
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Segundo as orientações do Ministério da Saúde, o tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária de controle da tuberculose, uma vez que permite interromper a cadeia de transmissão.
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A transmissibilidade está presente desde os primeiros sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de tratamento efetivo.
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O tratamento inicial ao paciente bacilífero é desenvolvido sob regime ambulatorial, com o tratamento diretamente observado (TDO).
  
 
A adesão ao tratamento da TB é um desafio constante para as equipes de saúde, uma vez que o abandono pode acarretar consequências importantes para as pessoas doentes e a comunidade, mantendo a cadeia de transmissão da doença e aumentando o risco de resistência aos medicamentos e o número de óbitos.  No Brasil, define-se o abandono de tratamento como a ausência da pessoa com TB na unidade de saúde por um período de 30 dias consecutivos após a data prevista para o seu retorno.
 
A adesão ao tratamento da TB é um desafio constante para as equipes de saúde, uma vez que o abandono pode acarretar consequências importantes para as pessoas doentes e a comunidade, mantendo a cadeia de transmissão da doença e aumentando o risco de resistência aos medicamentos e o número de óbitos.  No Brasil, define-se o abandono de tratamento como a ausência da pessoa com TB na unidade de saúde por um período de 30 dias consecutivos após a data prevista para o seu retorno.
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O TDO da tuberculose consiste na tomada diária (de segunda a sexta-feira) da medicação sob supervisão do profissional de saúde, possibilitando interação, corresponsabilidade e aprendizado de todos os atores (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde). Nos casos em que o TDO não for realizado por profissionais de saúde, não será considerado TDO para fins operacionais (inclusive para fins de notificação no SINAN). No entanto, se para o doente a opção de três vezes por semana for necessária, deve ser exaustivamente explicado sobre a necessidade da tomada diária da medicação, incluindo os dias em que o tratamento não será observado. Para fins operacionais, ao final do tratamento, para a decisão de que o tratamento foi supervisionado, convenciona-se que, no mínimo, 24 tomadas da medicação tenham sido diretamente observadas na fase de ataque e 48 doses na fase de manutenção.
 
O TDO da tuberculose consiste na tomada diária (de segunda a sexta-feira) da medicação sob supervisão do profissional de saúde, possibilitando interação, corresponsabilidade e aprendizado de todos os atores (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde). Nos casos em que o TDO não for realizado por profissionais de saúde, não será considerado TDO para fins operacionais (inclusive para fins de notificação no SINAN). No entanto, se para o doente a opção de três vezes por semana for necessária, deve ser exaustivamente explicado sobre a necessidade da tomada diária da medicação, incluindo os dias em que o tratamento não será observado. Para fins operacionais, ao final do tratamento, para a decisão de que o tratamento foi supervisionado, convenciona-se que, no mínimo, 24 tomadas da medicação tenham sido diretamente observadas na fase de ataque e 48 doses na fase de manutenção.
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'''A quem se destina o tratamento diretamente observado?'''
 
'''A quem se destina o tratamento diretamente observado?'''
A todos os pacientes com diagnóstico de tuberculose.
 
  
'''Objetivos do tratamento diretamente observado'''
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R: A todos os pacientes com diagnóstico de tuberculose.
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'''Objetivos do tratamento diretamente observado:'''
  
• Melhorar a atenção ao doente por meio do acolhimento humanizado.
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• Melhorar a atenção ao doente por meio do acolhimento humanizado;
  
• Possibilitar a adesão, garantindo a cura.
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• Possibilitar a adesão, garantindo a cura;
  
• Reduzir a taxa de abandono.
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• Reduzir a taxa de abandono;
  
• Interromper a cadeia de transmissão da doença.
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• Interromper a cadeia de transmissão da doença;
  
• Diminuir o surgimento de bacilos multirresistentes.
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• Diminuir o surgimento de bacilos multirresistentes;
  
• Reduzir a mortalidade.
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• Reduzir a mortalidade;
  
• Reduzir o sofrimento humano, uma vez que se trata de doença consumptiva, transmissível e de alto custo social.
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• Reduzir o sofrimento humano, uma vez que se trata de doença consumptiva, transmissível e de alto custo social;
  
 
• Realizar uma educação em saúde mais efetiva, de forma individualizada voltada para orientar e corresponsabilizar o indivíduo, a família e a comunidade nas ações de saúde.
 
• Realizar uma educação em saúde mais efetiva, de forma individualizada voltada para orientar e corresponsabilizar o indivíduo, a família e a comunidade nas ações de saúde.

Edição das 14h08min de 27 de setembro de 2022

As estratégias para adesão ao tratamento e abordagem centrada na pessoa com tuberculose na Atenção Primária à Saúde

Segundo as orientações do Ministério da Saúde, o tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária de controle da tuberculose, uma vez que permite interromper a cadeia de transmissão.

A transmissibilidade está presente desde os primeiros sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de tratamento efetivo.

O tratamento inicial ao paciente bacilífero é desenvolvido sob regime ambulatorial, com o tratamento diretamente observado (TDO).

A adesão ao tratamento da TB é um desafio constante para as equipes de saúde, uma vez que o abandono pode acarretar consequências importantes para as pessoas doentes e a comunidade, mantendo a cadeia de transmissão da doença e aumentando o risco de resistência aos medicamentos e o número de óbitos. No Brasil, define-se o abandono de tratamento como a ausência da pessoa com TB na unidade de saúde por um período de 30 dias consecutivos após a data prevista para o seu retorno.


Tratamento Diretamente Observado da tuberculose

O TDO da tuberculose consiste na tomada diária (de segunda a sexta-feira) da medicação sob supervisão do profissional de saúde, possibilitando interação, corresponsabilidade e aprendizado de todos os atores (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde). Nos casos em que o TDO não for realizado por profissionais de saúde, não será considerado TDO para fins operacionais (inclusive para fins de notificação no SINAN). No entanto, se para o doente a opção de três vezes por semana for necessária, deve ser exaustivamente explicado sobre a necessidade da tomada diária da medicação, incluindo os dias em que o tratamento não será observado. Para fins operacionais, ao final do tratamento, para a decisão de que o tratamento foi supervisionado, convenciona-se que, no mínimo, 24 tomadas da medicação tenham sido diretamente observadas na fase de ataque e 48 doses na fase de manutenção.

A quem se destina o tratamento diretamente observado?

R: A todos os pacientes com diagnóstico de tuberculose.

Objetivos do tratamento diretamente observado:

• Melhorar a atenção ao doente por meio do acolhimento humanizado;

• Possibilitar a adesão, garantindo a cura;

• Reduzir a taxa de abandono;

• Interromper a cadeia de transmissão da doença;

• Diminuir o surgimento de bacilos multirresistentes;

• Reduzir a mortalidade;

• Reduzir o sofrimento humano, uma vez que se trata de doença consumptiva, transmissível e de alto custo social;

• Realizar uma educação em saúde mais efetiva, de forma individualizada voltada para orientar e corresponsabilizar o indivíduo, a família e a comunidade nas ações de saúde.