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A enteroscopia constitui uma técnica endoscópica que permite a exploração do intestino delgado - porção do tubo digestivo maioritariamente inacessível à endoscopia digestiva alta e à colonoscopia. Esta técnica permite, para além da avaliação detalhada e em tempo real da totalidade do intestino delgado, a realização de várias intervenções diagnósticas e terapêuticas, o que constitui uma grande vantagem face à enteroscopia por cápsula. Assim, a enteroscopia permite a remoção de pólipos, o tratamento de lesões hemorrágicas e a dilatação de estenoses bem como a colheita de fragmentos de tecido (biopsias) para posterior análise.
 
A enteroscopia constitui uma técnica endoscópica que permite a exploração do intestino delgado - porção do tubo digestivo maioritariamente inacessível à endoscopia digestiva alta e à colonoscopia. Esta técnica permite, para além da avaliação detalhada e em tempo real da totalidade do intestino delgado, a realização de várias intervenções diagnósticas e terapêuticas, o que constitui uma grande vantagem face à enteroscopia por cápsula. Assim, a enteroscopia permite a remoção de pólipos, o tratamento de lesões hemorrágicas e a dilatação de estenoses bem como a colheita de fragmentos de tecido (biopsias) para posterior análise.
 
  
 
A enteroscopia é um exame realizado com o doente sob sedação anestésica, tendo a duração de 1 a 2 horas.
 
A enteroscopia é um exame realizado com o doente sob sedação anestésica, tendo a duração de 1 a 2 horas.
  
 
O procedimento é realizado com um equipamento chamado enteroscópio, um aparelho similar ao endoscópio ou colonoscópio, sendo mais longo (cerca de 2 metros). O enteroscópio possui na sua extremidade uma fonte de luz e uma câmara de vídeo que irá transmitir imagens ampliadas e de elevada definição para um monitor presente na sala onde o exame é realizado.
 
O procedimento é realizado com um equipamento chamado enteroscópio, um aparelho similar ao endoscópio ou colonoscópio, sendo mais longo (cerca de 2 metros). O enteroscópio possui na sua extremidade uma fonte de luz e uma câmara de vídeo que irá transmitir imagens ampliadas e de elevada definição para um monitor presente na sala onde o exame é realizado.
 
  
 
== Técnicas de Enteroscopia: ==
 
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'''Distinguem-se 3 técnicas de enteroscopia:'''  
 
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Na grande maioria das vezes não é necessário internamento, podendo o doente regressar a casa pouco tempo depois do fim do exame. Contudo, como o procedimento é feito sob sedação, o doente deve fazer-se acompanhar por alguém que lhe possa prestar auxílio e conduzi-lo a casa.
 
Na grande maioria das vezes não é necessário internamento, podendo o doente regressar a casa pouco tempo depois do fim do exame. Contudo, como o procedimento é feito sob sedação, o doente deve fazer-se acompanhar por alguém que lhe possa prestar auxílio e conduzi-lo a casa.
 
  
 
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. Suspeita de perfuração intestinal.
 
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A enteroscopia é um procedimento seguro, mas pode ter algumas complicações, particularmente quando se efetuam procedimentos terapêuticos.
 
A enteroscopia é um procedimento seguro, mas pode ter algumas complicações, particularmente quando se efetuam procedimentos terapêuticos.
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As complicações mais graves incluem perfuração intestinal, hemorragia grave e pancreatite aguda. Geralmente estas complicações são resolvidas com técnicas endoscópicas ou terapêutica médica conservadora, mas, em último recurso, poderá ser necessário realizar uma cirurgia de urgência.  
 
As complicações mais graves incluem perfuração intestinal, hemorragia grave e pancreatite aguda. Geralmente estas complicações são resolvidas com técnicas endoscópicas ou terapêutica médica conservadora, mas, em último recurso, poderá ser necessário realizar uma cirurgia de urgência.  
 
  
 
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O procedimento não é padronizado e disponibilizado no SUS.
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Edição atual tal como às 21h41min de 15 de março de 2024

A enteroscopia constitui uma técnica endoscópica que permite a exploração do intestino delgado - porção do tubo digestivo maioritariamente inacessível à endoscopia digestiva alta e à colonoscopia. Esta técnica permite, para além da avaliação detalhada e em tempo real da totalidade do intestino delgado, a realização de várias intervenções diagnósticas e terapêuticas, o que constitui uma grande vantagem face à enteroscopia por cápsula. Assim, a enteroscopia permite a remoção de pólipos, o tratamento de lesões hemorrágicas e a dilatação de estenoses bem como a colheita de fragmentos de tecido (biopsias) para posterior análise.

A enteroscopia é um exame realizado com o doente sob sedação anestésica, tendo a duração de 1 a 2 horas.

O procedimento é realizado com um equipamento chamado enteroscópio, um aparelho similar ao endoscópio ou colonoscópio, sendo mais longo (cerca de 2 metros). O enteroscópio possui na sua extremidade uma fonte de luz e uma câmara de vídeo que irá transmitir imagens ampliadas e de elevada definição para um monitor presente na sala onde o exame é realizado.

Técnicas de Enteroscopia:

Distinguem-se 3 técnicas de enteroscopia:

1) enteroscopia por duplo balão;

2) enteroscopia de mono-balão;

3)enteroscopia espiral.

Todas elas utilizam um dispositivo (sobretubo) no interior do qual o enteroscópio desliza.

Nas técnicas de enteroscopia com balão, o enteroscópio está ligado a um ou dois balões insufláveis (enteroscopia de mono e duplo balão, respetivamente). A insuflação/desinsuflação do balão(ões) permite a progressão controlada do enteroscópio ao longo do intestino delgado, facilitando a visualização da mucosa.

Na enteroscopia espiral, o sobretubo possui uma porção helicoidal que permite a progressão e estabilização no intestino delgado. Esta técnica de enteroscopia constitui um avanço recente na área da enteroscopia, estando apenas disponível em alguns centros do nosso país.

A introdução do enteroscópio pode ser feita através da boca (via anterógrada) quando se tem por objetiva visualizar o intestino delgado mais perto do estômago (duodeno e jejuno) ou através do ânus (via retrógrada), quando se quer avaliar o intestino delgado mais perto do intestino grosso (íleon). Após a realização da enteroscopia, o doente é transferido para uma unidade de recobro onde permanece algum tempo até que recupere completamente da sedação anestésica.

Na grande maioria das vezes não é necessário internamento, podendo o doente regressar a casa pouco tempo depois do fim do exame. Contudo, como o procedimento é feito sob sedação, o doente deve fazer-se acompanhar por alguém que lhe possa prestar auxílio e conduzi-lo a casa.

Indicações:

• Anemia e/ou hemorragia digestiva de causa desconhecida após endoscopias digestivas alta e baixa sem identificação de lesões suspeitas;

• Diarreia e dor abdominal crónica de causa desconhecida;

• Esclarecimento de alterações identificadas na cápsula endoscópica ou estudos imagiológicos;

• Suspeita de tumores do intestino delgado;

• Suspeita de doença de Crohn;

• Suspeita de estenoses (estreitamento) do intestino delgado;

• Tratamento de lesões sangrantes observadas com a cápsula endoscópica (por ex. angiodisplasias, malformações vasculares…);

• Marcação/tatuagem de lesões do intestino delgado, para facilitar a sua posterior localização e remoção cirúrgica;

• Remoção de corpos estranhos (por exemplo, vídeo capsulas retidas);

• Excisão de pólipos do intestino delgado, especialmente em doentes com síndromes polipoides (por exemplo, síndrome de Peutz-Jeghers ou Polipose Juvenil);

• Dilatação de estenoses do intestino delgado (por exemplo, estenoses pós-operatórias; estenoses secundárias a doença de Crohn).


Contraindicações:

. Ausência de consentimento informado;

. Alterações graves da coagulação;

. Patologia cardíaca descompensada (Enfarte agudo do miocárdio recente, arritmias, insuficiência cardíaca descompensada);

. Obesidade mórbida;

. Gravidez;

. Antecedentes de cirurgias abdominais múltiplas a condicionar aderências intestinais;

. Suspeita de perfuração intestinal.

Complicações:

A enteroscopia é um procedimento seguro, mas pode ter algumas complicações, particularmente quando se efetuam procedimentos terapêuticos.

Distinguem-se complicações minor, que são autolimitadas e que duram 12 a 24h; e complicações major que são mais graves e que podem necessitar de hospitalização

As principais complicações minor são: náuseas, vómitos, distensão abdominal, dor abdominal, dor de garganta e pequenas hemorragias autolimitadas.

As complicações mais graves incluem perfuração intestinal, hemorragia grave e pancreatite aguda. Geralmente estas complicações são resolvidas com técnicas endoscópicas ou terapêutica médica conservadora, mas, em último recurso, poderá ser necessário realizar uma cirurgia de urgência.

No SUS

O procedimento não é padronizado e disponibilizado no SUS.


Referência:

ped.pt/index.php/publico/exames-endoscopicos/enteroscopia