Mudanças entre as edições de "Cirurgia Fetal/Mielomeningocele"
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Além disso, a maioria dos pacientes com mielomeningocele tem hidrocefalia associada. A hidrocefalia é definida por um acúmulo de LCR (líquido cefalorraquidiano) nos ventrículos cerebrais. Esse acúmulo provoca um aumento do perímetro cefálico e pode gerar aumento da pressão intracraniana. | Além disso, a maioria dos pacientes com mielomeningocele tem hidrocefalia associada. A hidrocefalia é definida por um acúmulo de LCR (líquido cefalorraquidiano) nos ventrículos cerebrais. Esse acúmulo provoca um aumento do perímetro cefálico e pode gerar aumento da pressão intracraniana. | ||
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Edição das 21h21min de 15 de março de 2024
Mielomeningocele
A mielomeningocele, mais conhecida por espinha bífida ou apenas mielo, é o resultado de um defeito no fechamento das estruturas que protegem a coluna vertebral por volta da sétima semana de gestação e causa comprometimentos diversos. Quando esse defeito no fechamento das estruturas na coluna ocorre, a medula fica exposta ao líquido amniótico, lesionando os nervos da coluna.
A mielo pode ocorrer tanto por fatores genéticos quanto ambientais. A ocorrência é de um a cada 1.000 nascidos no Brasil. A prevenção se dá principalmente pela ingestão de ácido fólico (vitamina B9) antes e durante a gravidez. O ácido fólico tem um papel fundamental no processo de multiplicação celular, sendo, portanto, imprescindível durante a gravidez. O uso de determinados medicamentos durante a gestação também pode provocar a malformação.
O resultado são comprometimentos motores e neurológicos diversos. Por exemplo, a habilidade do bebê de caminhar e de conter urina e fezes fica comprometida. Quanto mais alta for a lesão na coluna vertebral, maiores são as chances de a criança precisar andar com auxílio de muletas ou cadeira de rodas. Deformidades ortopédicas também ocorrem em quase todos os casos.
A malformação de Chiari II é uma das consequências presentes em quase todas as crianças com mielo. Ela caracteriza-se pelo deslocamento das estruturas da fossa posterior para o interior do canal espinhal cervical. Apesar disso, muitas vezes não causam sintomas. Quando ocorrem, podem ser dificuldades de engolir alimentos e problemas respiratórios em lactentes. Já crianças mais velhas podem ter dor de cabeça, dor cervical e fraqueza. Estes sintomas geralmente não precisam ser tratados cirurgicamente.
Além disso, a maioria dos pacientes com mielomeningocele tem hidrocefalia associada. A hidrocefalia é definida por um acúmulo de LCR (líquido cefalorraquidiano) nos ventrículos cerebrais. Esse acúmulo provoca um aumento do perímetro cefálico e pode gerar aumento da pressão intracraniana.
Diagnóstico
O diagnóstico pré-natal da mielo é feito por meio de exames de ultrassonografia ou métodos laboratoriais. Defeitos espinhais podem ser observados a partir da 16ª e 17ª semanas de gestação, quando a coluna vertebral fetal já se encontra suficientemente ossificada.
Os métodos laboratoriais incluem a dosagem de alfafetoproteína no sangue materno e no líquido amniótico e da acetilcolinesterase no líquido amniótico.
O tratamento
O tratamento da mielomeningocele geralmente é iniciado nas primeiras 48 horas após o nascimento com uma cirurgia para corrigir a alteração na coluna e evitar o surgimento de infecções ou novas lesões na medula, limitando o tipo de sequelas.
Embora o tratamento para mielomeningocele com cirurgia seja eficaz para curar a lesão na coluna do bebê, não é capaz de tratar as sequelas que o bebê apresenta desde o nascimento. Isto é, caso o bebê tenha nascido com paralisia ou incontinência, por exemplo, não irá ficar curado, mas evitará o surgimento de novas sequelas que poderiam surgir por exposição da medula.