Rivaroxabana

De ceos
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Classe terapêutica

Antitrombótico

Nomes comerciais

Xarelto

Principais informações

Rivaroxabana impede a formação do trombo ou coágulo de sangue no interior do vaso sanguíneo, por inibir a ação do fator de coagulação Xa (elemento necessário para a formação do coágulo) <ref> Bula do Medicamento Xarelto</ref>.

Os novos anticoagulantes orais, como a rivaroxabana, têm sido propostos como alternativa aos antagonistas da vitamina K (como a varfarina) em casos em que o manejo com a varfarina é difícil. Os benefícios associados ao uso desses medicamentos são sua fácil administração, pequena interação com alimentos ou medicamentos, além de não necessidade de monitoramento laboratorial <ref>Geovanini, GR. Eficácia e Segurança dos Novos Anticoagulantes Orais na Fibrilação Atrial: uma revisão sistemática da literatura e metanálise.</ref>

A anticoagulação oral com varfarina é a terapia padrão para prevenção e tratamento de fenômenos tromboembólicos há mais de 50 anos. A varfarina ainda é uma das principais medicações prescritas na prática clínica <ref>Bacelar, A. Rivaroxabana versus varfarina na fibrilação atrial não-valvar</ref>. Em meados de 2012, os dados relativos ao rivaroxabana ainda não são suficientes para modificar esse fato <ref>Rivaroxaban and atrial fibrillation: continue to use warfarin or in some cases, dabigatran</ref>.

O estudo ROCKET-AF comparou a eficácia da rivaroxabana à varfarina na prevenção de acidente vascular cerebral (AVC) e embolismo sistêmico em pacientes portadores de fibrilação atrial (FA). A rivaroxabana foi não inferior à varfarina na prevenção de AVC e embolismo sistêmico e apresentou taxas semelhantes de sangramento <ref> Bacelar, A. Rivaroxabana versus varfarina na fibrilação atrial não-valvar </ref>, ou seja, os dois medicamentos apresentam resultados muito semelhantes.

Informações sobre o medicamento/alternativas

O medicamento rivaroxabana não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que o medicamento referido, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado.

No Sistema Único de Saúde há outros medicamentos à escolha dos médicos, com as mesmas indicações da rivaroxabana, sendo eles agentes antitrombóticos de diferentes classes terapêuticas: antagonistas da vitamina K (varfarina), grupo da heparina (heparina sódica), inibidores da agregação plaquetária excluindo a heparina (ácido acetilsalicílico, clopidogrel, iloprosta).

O fármaco varfarina 1mg e 5mg e heparina sódica 5000UI/0,25ml estão disponíveis nas unidades locais de saúde (postos de saúde), pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2014. A aquisição e distribuição desses medicamentos são responsabilidades dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.

Também, o ácido acetilsalicílico, nas concentrações 100mg e 500mg e clopidogrel 75mg e iloprosta são integrantes da RENAME 2014, cuja aquisição e distribuição são responsabilidades dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.

Ressalta-se que a disponibilização desses medicamentos é obrigatória, de acordo com a Deliberação 501/CIB/13 de 27 de novembro de 2013, visando garantir as linhas de cuidado das doenças contempladas no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, indicados nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), de acordo com a necessidade local/regional.

A Iloprosta 10 MCG/ML cápsulas, é distribuída pela SES/SC a pacientes incluídos no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, para Hipertensão pulmonar primária (CID10 I27.0), para hipertensão pulmonar secundária (CID10 I27.2) e para doenças pulmonares do coração especificadas (CID10 I27.8), segundo critérios estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde.

O acesso ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica se dá através de abertura de processo de solicitação de medicamento, devendo o paciente ou, na sua impossibilidade, o seu cuidador, dirigir-se à Unidade de Assistência Farmacêutica - UFAs para este Componente, a qual o município onde reside está vinculado.

É importante ressaltar que o parecer do Comitê Executivo do Fórum Nacional do Judiciário para Monitoramente e Resolução das Demandas de Assistência à Saúde – Santa Catarina, recomenda que haja esgotamento das alternativas de fármacos previstas na lista RENAME e nos Protocolos Clínicos e Diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde, listas suplementares e demais atos que lhe forem complementares, antes que rivaroxabana seja prescrita. Se ainda assim for prevalente tecnicamente a indicação de droga, o profissional responsável deve elaborar fundamentação técnica consistente, indicando quais os motivos da exclusão dos fármacos já eventualmente previstos e, se cabível, menção à sua eventual utilização anterior pelo usuário sem que houvesse resposta adequada. Também devem ser indicados quais os benefícios da nova substância, com a apresentação de estudos científicos comprobatórios de tal eficácia e o prescritor deve manifestar-se sobre possíveis vínculos, formais ou informais, com o laboratório fabricante. A prescrição devera adorar a Denominação Comum Brasileira ou a Denominação Comum Internacional, constando o nome do princípio ativo.

Referências

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