Estimulação Magnética Transcraniana

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Revisão de 12h46min de 27 de julho de 2022 por Autor (Discussão | contribs)
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INTRODUÇÃO

Também chamada "Estimulação Elétrica Transcraniana", a EMT consiste na aplicação de corrente elétrica contínua de baixa intensidade sobre a cabeça, capaz de gerar mudanças na excitabilidade cerebral. A técnica pode aumentar ou reduzir a atividade cerebral dependendo do local e posicionamento dos eletrodos na cabeça, que por sua vez dependerá da necessidade do paciente. Difere da eletroconvulsoterapia (ECT), que é uma técnica na qual uma crise convulsiva generalizada é induzida deliberadamente, sob anestesia, para o tratamento de transtornos mentais maiores. A estimulação magnética transcraniana de repetição (EMTr), por sua vez, é um método novo, ainda em investigação, que tem sido estudado como um possível tratamento para transtornos neuropsiquiátricos. Existem diferenças significativas entre as técnicas que sugerem que não se tratar apenas de uma substituição, mas de mais uma opção terapêutica diversa Inicialmente desenvolvida inicialmente para ajudar pacientes com lesões cerebrais, tais como oriundos de AVC ou traumas cranianos, já que os estudos preliminares demonstraram que a técnica aumenta a performance cognitiva em diversas tarefas, dependendo da área do cérebro que é estimulada. A EMT tem sido também utilizado para aumentar as habilidades linguísticas e matemáticas, a atenção, resolução de problemas, memória, coordenação, até mesmo melhoria de foco e concentração. Também se tem estudado novas aplicações, tais como na doença de Parkinson, zumbido, fibromialgia.


EFEITOS FISIOLÓGICOS

Os efeitos tanto da técnica de ECT quanto da EMT consiste na despolarização neuronal, a qual pode ser provocada de duas maneiras: por estímulo elétrico e por estímulo magnético. A estimulação elétrica do cérebro pode ser feita diretamente, como, por exemplo, durante procedimentos neurocirúrgicos, mas apenas com utilidade em estudos neurofisiológicos.A estimulação elétrica do cérebro feita de forma indireta com a eletroconvulsoterapia (ECT) já se consagrou no tratamento de vários transtornos psiquiátricos, mas tendo como principais limitações a deflexão que sofre o estímulo elétrico dada a resistência da calota craniana e pelo tecido que a envolve até atingir o tecido nervoso. Para atravessar esta resistência e atingir o tecido cerebral, portanto, é necessário que se utilize uma carga elétrica relativamente alta, gerando uma estimulação é dolorosa. Ademais, a própria convulsão que se pretende induzir pelo estímulo elétrico demanda uma indução anestésica geral de curta duração para a sua aplicação <ref>[Rosa, Moacyr Alexandro, et al. "Eletroconvulsoterapia e estimulação magnética transcraniana: semelhanças e diferenças." Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo) 31 (2004): 243-250]</ref>

A estimulação magnética transcraniana apresenta visíveis vantagens sobre a estimulação direta do cérebro e sobre a eletroconvulsoterapia, especialmente nos estudos de neurofisiologia e como procedimento para neurodiagnóstico. (George e cols., 1999a). Ela pode ser realizada em regime ambulatorial e não requer indução anestésica.

Destacam-se entre as possíveis vantagens a ausência de dor, principalmente muscular, o fato de não necessitar de anestesia nem da indução de crises convulsivas e o pequeno risco de efeitos cognitivos, além da ausência do estigma que a ECT carrega por parte dos leigos e médicos.



REFERENCIAS

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