==Indicações==
O Palivizumabe é utilizado para a prevenção de doença grave do trato respiratório causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), em crianças com alto risco de doença pelo VSR. Ele não é indicado para finalidades curativas, mas sim para impedir o estabelecimento da infecção <ref> SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (1VSR). 2011 </ref>.O VSR é um dos principais causadores de infecções respiratórias agudas no primeiro ano de vida, sendo que de 40 a 60% das crianças são acometidas pelo vírus antes de completar 1 ano e mais de 95% já foram infectadas antes dos 2 anos de idade. Geralmente a doença evolui como um resfriado comum, mas em cerca de ¼ dos casos há desenvolvimento de quadros mais graves, inclusive necessitando de internação hospitalar em até 2% dessas situações. A infecção pelo VSR é mais prejudicial nos primeiros meses de vida, principalmente em crianças menores de seis semanas de idade, em recém-nascidos prematuros e naqueles portadores de displasia broncopulmonar (DBP), cardiopatias congênitas graves e imunodeficiências (2)<ref> MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório. 2012 </ref>.
== Padronização no SUS ==
A utilização do Palivizumabe no SUS é regulado pela Portaria no 522 de 13 de Maio de 2013 (5)<ref> MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota técnica conjunta n. 05/2015 – CGSCAM/DAPES/SAS/MS, CGAFME/DAF/SCTIE/MS e CGDT/DEVIT/SVS/MS. As Secretarias de Atenção à Saúde; de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos; de Vigilância em Saúde estabelecem a sazonalidade do vírus sincicial respiratório no Brasil e oferecem esclarecimentos referentes ao protocolo de uso do Palivizumabe.</ref>.Na Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) o Palivizumabe é fornecido através do Programa de Prevenção da Infecção Causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (6)<ref> SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA. Programa de Prevenção da Infecção causada pelo Vírus Sincicial Respiratório. Disponível em: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=600%3Aprograma-de-prevencao-da-infeccao-causada-pelo-virus-sincicial-respiratorio&catid=246%3Adocumentos-diaf&Itemid=210 </ref>. Os frascos distribuídos são adquiridos pelo Ministério da Saúde e entregues ao Estado, que quinzenalmente deve prestar contas ao Ministério da Saúde em relação à utilização do Palivizumabe.A sua aplicação não é indicada o ano todo, pois enfermidades causadas pelo VSR são mais comuns em um período de sazonalidade que dura de 16 a 20 semanas, em que há maior circulação do vírus. Na região sul, o pico ocorre em Junho e Julho, sendo que o Ministério da Saúde determinou que a sazonalidade inicia-se em Maio e se estende até Setembro. Ele deve ser aplicado mensalmente na dose 15 mg/kg com no máximo 30 dias de intervalo entre as doses (<ref> 4). BRASIL. Portaria n. 522, de 13 de maio de 2013. A Secretaria de Atenção à Saúde aprova o protocolo de uso do Palivizumabe. Diário Oficial da União, Brasília, 15 maio 2013. Seção 1, p. 43. </ref>.Os pacientes contemplados são crianças menores de 12 meses de idade que nasceram prematuras (idade gestacional menor ou igual a 28 semanas) e crianças menores de 2 anos de idade, portadoras de patologia congênita com repercussão hemodinâmica importante ou com doença pulmonar crônica da prematuridade, que necessitaram de tratamento nos 6 meses anteriores ao período de sazonalidade do VSR (<ref> 4). BRASIL. Portaria n. 522, de 13 de maio de 2013. A Secretaria de Atenção à Saúde aprova o protocolo de uso do Palivizumabe. Diário Oficial da União, Brasília, 15 maio 2013. Seção 1, p. 43. </ref>. A solicitação do palivizumabe deve ser feita mediante preenchimento, pelo médico assistente, de formulário específico disponibilizado no site da SES/SC (6)<ref> SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA. Programa de Prevenção da Infecção causada pelo Vírus Sincicial Respiratório. Disponível em: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=600%3Aprograma-de-prevencao-da-infeccao-causada-pelo-virus-sincicial-respiratorio&catid=246%3Adocumentos-diaf&Itemid=210 </ref>. Se a criança já tiver recebido alta hospitalar, este formulário (assinado e carimbado pelo médico), deverá ser entregue juntamente com outros documentos listados no mesmo site (6) <ref> SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA. Programa de Prevenção da Infecção causada pelo Vírus Sincicial Respiratório. Disponível em: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=600%3Aprograma-de-prevencao-da-infeccao-causada-pelo-virus-sincicial-respiratorio&catid=246%3Adocumentos-diaf&Itemid=210 </ref> nas Unidades do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (UNICEAF) do município de residência do paciente. Contudo, se a criança ainda se encontrar hospitalizada, os documentos devem ser entregues à Gerência Regional de Saúde (GERSA) responsável pelo município em que a criança estiver internada.
Esta solicitação é posteriormente avaliada pela Diretoria de Assistência Farmacêutica (DIAF) com auxílio da Comissão de Pediatria e Neonatologia. Caso a dispensação seja autorizada, a GERSA entrará em contato com os responsáveis pela criança, comunicando local e datas referentes à aplicação do medicamento.
Texto elaborado em colaboração com DIAF/SUV/SES.
1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). 2011.2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório. 2012.3. SYNAGIS: pó liófilo injetável. Abbvie Farmacêutica Ltda. [Bula de remédio].4. BRASIL. Portaria n. 522, de 13 de maio de 2013. A Secretaria de Atenção à Saúde aprova o protocolo de uso do Palivizumabe. Diário Oficial da União, Brasília, 15 maio 2013. Seção 1, p. 43.5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota técnica conjunta n. 05/2015 – CGSCAM/DAPES/SAS/MS, CGAFME/DAF/SCTIE/MS e CGDT/DEVIT/SVS/MS. As Secretarias de Atenção à Saúde; de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos; de Vigilância em Saúde estabelecem a sazonalidade do vírus sincicial respiratório no Brasil e oferecem esclarecimentos referentes ao protocolo de uso do Palivizumabe. 6. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA. Programa de Prevenção da Infecção causada pelo Vírus Sincicial Respiratório. Disponível em: http://portalses.saude.sc.gov.br</index.php?option=com_content&view=article&id=600%3Aprograma-de-prevencao-da-infeccao-causada-pelo-virus-sincicial-respiratorio&catid=246%3Adocumentos-diaf&Itemid=210references>