Nebivolol

De InfoSUS
Revisão de 11h56min de 10 de julho de 2014 por Anonimo (Discussão | contribs) (Principais informações)
Ir para: navegação, pesquisa

Classe terapêutica

Anti-hipertensivo; betabloqueador seletivo para os receptores beta1

Nomes comerciais

Nebilet, Neblock

Principais informações

O nebivolol é um bloqueador de receptor beta-1 adrenérgico seletivo, com propriedades vasodilatadoras dependentes do endotélio por aumentar a liberação e a ação do óxido nítrico. Existem evidências de que alterações endoteliais estão entre as possíveis causas da resistência ao tratamento anti-hipertensivo, o que torna o nebivolol diferenciado em relação aos outros anti-hipertensivos da classe dos betabloqueadores [1]

Os betabloqueadores podem ser diferenciados em três categorias de acordo com a seletividade. Os não seletivos (ex.: propranolol, nadolol, timolol e pindolol) bloqueiam tantos os receptores adrenérgicos β1, encontrados principalmente no miocárdio, quanto os β2, encontrados no músculo liso, nos pulmões, nos vasos sanguíneos e em outros órgãos, ocasionando efeitos periféricos mais acentuados (aumento da resistência arterial periférica e broncoconstrição). Os betabloqueadores cardiosseletivos bloqueiam apenas os receptores β1 adrenérgicos, presentes em maior parte no coração, no sistema nervoso e nos rins e, portanto, sem os efeitos de bloqueio periférico indesejáveis. Alguns têm ação vasodilatadora, manifesta-se por antagonismo ao receptor alfa-1 periférico, como o carvedilol e o labetalol, e por produção de óxido nítrico, como o nebivolol.

Esse medicamento é indicado para tratamento da hipertensão arterial [2] e pode ser uma opção interessante para o tratamento de hipertensos de difícil controle. Estudos em hipertensos têm demonstrado bom efeito terapêutico com o seu emprego, além de melhorar a distensibilidade arterial e o fluxo plasmático renal e apresentar diminuição significativa da resistência vascular periférica [3].

Informações sobre o medicamento/alternativas

O medicamento nebivolol não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas.

Alternativamente, as unidades locais de saúde devem disponibilizar os fármacos losartana 50 mg, atenolol 50mg e 100mg, propranolol 10 e 40mg, enalapril 5, 10 e 20mg, captopril 25mg, espironolactona 25mg, anlodipino 5mg e 10mg e hidroclorotiazida 25mg pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2012. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão. Ressalta-se que a disponibilização destes é obrigatória, de acordo com a Deliberação 501/CIB/13 de 27 de novembro de 2013, visando garantir as linhas de cuidado das doenças contempladas no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, indicados nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), de acordo com a necessidade local/regional.

Ainda, as unidades locais de saúde (postos de saúde) também disponibilizam os medicamentos metoprolol 25, 50 e 100mg, carvedilol 3,125mg, 6,25mg, 12,5mg e 25mg, metildopa 250mg, verapamil 80me e 120mg, amiodarona 200mg, propafenona 150mg e 300mg, hidralazina 25mg e 50mg, furosemida 40mg, dinitrato de isossorbida 5mg, mononitrato de isossorbida 20mg e 40mg, pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2012. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.

Referências

  1. BORTOLOTTO, L. A.; MALACHIAS, M. V. B. Novos medicamentos na hipertensão resistente. Rev Bras Hipertens vol.16 (Suppl 1): S13-S15, 2009.
  2. Bula do medicamento
  3. BORTOLOTTO, L. A.; MALACHIAS, M. V. B. Novos medicamentos na hipertensão resistente. Rev Bras Hipertens vol.16 (Suppl 1): S13-S15, 2009.